sábado, 22 de dezembro de 2012

Obrigatoriedade das Demonstrações Contábeis

Contabilidade não é luxo para uma empresa, e sim fundamental e obrigatória, conforme legislação vigente. Atualmente temos algumas normas e leis pertinentes para a contabilidade:

·         Lei 6.404/76;
·         Lei 11.638/07;
·         Lei 12.973/14;
·         Lei Complementar 123/2006 - Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte;
·         Lei Complementar 147/2014 – Altera o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte;
·         NBC TG-1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas;
ITG-1000 – Contabilidade para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Algumas Demonstrações Financeiras Pertinentes

·         Balanço Patrimonial;
·         Demonstração do Resultado do Exercício;
·         Demonstração do Resultado Abrangente;
·         Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados;
·         Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
·         Demonstrações dos Fluxos de Caixa;
·         Demonstração do Valor Adicionado; e
·         Notas Explicativas.

Destacaremos as principais demonstrações financeiras obrigatórias para uma Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte, conforme consta das normas e leis vigentes em nosso país, podendo ser do regime tributário SIMPLES NACIONAL ou adaptada também para o regime tributário LUCRO PRESUMIDO, conforme o caso.

Quadro Comparativo de Obrigatoriedade de Demonstrações Financeiras


Balanço Patrimonial

O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a posição contábil, financeira e patrimonial de uma entidade em determinada data, geralmente são demonstradas no final do exercício contábil que se entende como 31 de dezembro de um determinado ano.

A obrigatoriedade do balanço patrimonial é explicita no art°. 178 da Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades Anônimas, bem como, art°. 1.179 do Novo Código Civil, as empresas tem a obrigação de apresentar o balanço patrimonial e resultado econômico.

A Resolução 1.418/2012 do CFC – Conselho Federal de Contabilidade, aprovou a ITG[1]-1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, em 05 de dezembro de 2012 e, em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1° de janeiro de 2012. Dessa forma, torna-se obrigatório também para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, ou seja, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei nº 10.406/02, que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar nº 123/06, a apresentação do balanço patrimonial conforme itens 26, 27 e 29 da ITG-1000.

A seguir o Professor Willian Ferreira dos Santos, apresenta sugestão, ou seja, modelo de balanço patrimonial, devendo ser observado o modelo apresentado na ITG-1000 e adaptado conforme as necessidades da entidade em questão.

MODELO 1
COMPANHIA:
BALANÇO PATRIMONIAL
FINDO EM: 31-12-X1
CONTAS
31-12-X
31-12-X1
CONTAS
31-12-X
31-12-X1
ATIVO


PASSIVO


ATIVO CIRCULANTE


PASSIVO CIRCULANTE


DISPONIBILIDADES


Duplicatas Descontadas


Caixa


FORNECEDORES


Bancos


Fornecedores Internos


Aplicações de Liquidez Imediata


Fornecedores Externos


CLIENTES


EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS


Duplicatas a Receber


Bancos Conta Empréstimo


(-) Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa


Financiamentos a Pagar


OUTROS CRÉDITOS


OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS


Adiantamento a Empregados


IRPJ a Pagar


TRIBUTOS A RECUPERAR


CSLL a Pagar


ICMS a Recuperar


PIS a Pagar


INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A CURTO PRAZO


COFINS a Pagar


Ações de Outras Empresas


IPI a Pagar


(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor de Mercado


ISSQN a Pagar


ESTOQUES


Taxa de Alvará de Funcionamento


Estoque de Matérias Primas


OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS


(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor de Mercado


Salários a Pagar


Estoque de Produtos Acabados


Contribuição de Previdência Social a Pagar


(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor de Mercado


Contribuição de Previdência Complementar a Pagar


DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE


13º a Pagar


Prêmios de Seguros a Vencer


Férias a Pagar


Despesas Antecipada de Aluguel


OUTRAS OBRIGAÇÕES


TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE


Contas a Pagar


ATIVO NÃO CIRCULANTE


ADIANTAMENTOS RECEBIDOS DE CLIENTES


ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO


Adiantamento de Clientes


Depósitos Judiciais


PARTICIPAÇÕES E DESTINAÇÕES DO LUCRO LÍQUIDO


Empréstimos Compulsórios


Participações de Empregados a Pagar


Adiantamento a Controladas


Dividendos a Pagar


CLIENTES


TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE


Duplicatas a Receber


PASSIVO NÃO CIRCULANTE


(-) Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa


PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO


CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS TRANSAÇÕES NÃO USUAIS


FORNECEDORES


Empréstimos a Diretores


Fornecedores Internos


INVESTIMENTOS


Fornecedores Externos


Participação na Controlada A - Valor Patrimonial


OBRIGAÇÕES A PESSOAS LIGADAS


Participação na Coligada X


Empréstimos a Pagar à Controlada A


(-) Perdas Estimadas


EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS


Participações para Incentivos Fiscais


Promissórias a Pagar


Obras de Arte


Financiamentos a Pagar


Ouro


RECEITAS DIFERIDAS


OUTROS INVESTIMENTOS


Aluguéis Recebidos Antecipadamente


Imóveis de Renda


Aluguéis Ativos a Vencer


(-) Depreciação Acumulada Imóveis de Renda


(-) Custos / Despesas ou Encargos Vinculados às Receitas


IMOBILIZADO


TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE


Máquinas e Equipamentos


PATRIMÔNIO LÍQUIDO


(-) Depreciação Acumulada de Máquinas e Equipamentos


CAPITAL SOCIAL


Ferramentas e Acessórios (Bens de Pequeno Porte)


Capital Social Subscrito


(-) Depreciação Acumulada de Ferramentas e Acessórios


(-) Capital Social a Realizar


Prédios (Imóveis em Uso)


RESERVAS DE CAPITAL


(-) Depreciação Acumulada Prédios (Imóveis em Uso)


Reserva de Capital


Instalações


Reserva de Ágio na Emissão de Ações/Quotas


(-) Depreciação Acumulada de Instalações


(-) Ações em Tesouraria


Veículos


AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL


(-) Depreciação Acumulada de Veículos


Ajuste de Avaliação Patrimonial


Móveis e Utensílios


RESERVAS DE LUCROS


(-) Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios


Reserva Legal


Computadores e Periféricos (Equipamentos de Informática)


Reservas Estatutárias


(-) Depreciação Acumulada de Computadores e Periféricos


Reserva de Contingências


Jazidas


Reserva de Incentivos Fiscais


(-) Amortizações de Jazidas


Reserva de Lucros a Realizar


Florestas Formadas


Reserva  de Retenção de Lucros


(-) Amortizações de Florestas Formadas


(-) Ações em Tesouraria


INTANGÍVEL


(+ ou -) Ajuste de Avaliação Patrimonial


Marcas e Patentes


PREJUÍZOS ACUMULADOS


(-) Amortização de Marcas e Patentes


(-) Prejuízos Acumulados


Fundo de Comércio


TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


(-) Amortização de Fundo de Comércio





Direitos Autorais





(-) Amortização de Direitos Autorais





TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE





TOTAL DO ATIVO


TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO



MODELO 2
COMPANHIA:
BALANÇO PATRIMONIAL
FINDO EM: 31-12-X1
CONTAS
31-12-X
31-12-X1
ATIVO


ATIVO CIRCULANTE


DISPONIBILIDADES


Caixa


Bancos


Aplicações de Liquidez Imediata


CLIENTES


Duplicatas a Receber


(-) Perdas Estimadas para Céditos de Liquidação Duvidosa


OUTROS CRÉDITOS


Adiantamento a Empregados


TRIBUTOS A RECUPERAR


ICMS a Recuperar


INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A CURTO PRAZO


Ações de Outras Empresas


(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor de Mercado


ESTOQUES


Estoque de Materias Primas


(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor de Mercado


Estoque de Produtos Acabados


(-) Perdas Estimadas para Redução ao Valor de Mercado


DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE


Prêmios de Seguros a Vencer


Despesas Antecipada de Aluguel


TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE


ATIVO NÃO CIRCULANTE


ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO


Depósitos Judiciais


Empréstimos Compulsórios


Adiantamento a Controladas


CLIENTES


Duplicatas a Receber


(-) Perdas Estimadas para Céditos de Liquidação Duvidosa


CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS TRANSAÇÕES NÃO USUAIS


Empréstimos a Diretores


INVESTIMENTOS


Participação na Controlada A - Valor Patrimonial


Participação na Coligada X


(-) Perdas Estimadas


Participações para Incentivos Fiscais


Obras de Arte


Ouro


OUTROS INVESTIMENTOS


Imóveis de Renda


(-) Depreciação Acumulada Imóveis de Renda


IMOBILIZADO


Máquinas e Equipamentos


(-) Depreciação Acumulada de Máquinas e Equipamentos


Ferramentas e Acessórios (Bens de Pequeno Porte)


(-) Depreciação Acumulada de Ferramentas e Acessórios


Prédios (Imóveis em Uso)


(-) Depreciação Acumulada Prédios (Imóveis em Uso)


Instalações


(-) Depreciação Acumulada de Instalações


Veículos


(-) Depreciação Acumulada de Veículos


Móveis e Utensílios


(-) Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios


Computadores e Periféricos (Equipamentos de Informática)


(-) Depreciação Acumulada de Computadores e Periféricos


Jazidas


(-) Amortizações de Jazidas


Florestas Formadas


(-) Amortizações de Florestas Formadas


INTANGÍVEL


Marcas e Patentes


(-) Amortização de Marcas e Patentes


Fundo de Comércio


(-) Amortização de Fundo de Comércio


Direitos Autorais


(-) Amortização de Direitos Autorais


TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE


TOTAL DO ATIVO


PASSIVO


PASSIVO CIRCULANTE


Duplicatas Descontadas


FORNECEDORES


Fornecedores Internos


Fornecedores Externos


EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS


Bancos Conta Empréstimo


Financiamentos a Pagar


OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS


IRPJ a Pagar


CSLL a Pagar


PIS a Pagar


COFINS a Pagar


IPI a Pagar


ISSQN a Pagar


Taxa de Alvará de Funcionamento


OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS


Salários a Pagar


Contribuição de Previdência Social a Pagar


Contribuição de Previdencia Complementar a Pagar


13º a Pagar


Férias a Pagar


OUTRAS OBRIGAÇÕES


Contas a Pagar


ADIANTAMENTOS RECEBIDOS DE CLIENTES


Adiantamento de Clientes


PARTICIPAÇÕES E DESTINAÇÕES DO LUCRO LÍQUIDO


Participações de Empregados a Pagar


Dividendos a Pagar


TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE


PASSIVO NÃO CIRCULANTE


PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO


FORNECEDORES


Fornecedores Internos


Fornecedores Externos


OBRIGAÇÕES A PESSOAS LIGADAS


Empréstimos a Pagar à Controlada A


EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS


Promissórias a Pagar


Financiamentos a Pagar


RECEITAS DIFERIDAS


Aluguéis Recebidos Antecipadamente


Aluguéis Ativos a Vencer


(-) Custos / Despesas ou Encargos Vinculados às Receitas


TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE


PATRIMÔNIO LÍQUIDO


CAPITAL SOCIAL


Capital Social Subscrito


(-) Capital Social a Realizar


RESERVAS DE CAPITAL


Reserva de Capital


Reserva de Ágio na Emissão de Ações/Quotas


(-) Ações em Tesouraria


AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL


Ajuste de Avaliação Patrimonial


RESERVAS DE LUCROS


Reserva Legal


Reservas Estatutárias


Reserva de Contingências


Reserva de Incentivos Fiscais


Reserva de Lucros a Realizar


Reserva  de Retenção de Lucros


(-) Ações em Tesouraria


(+ ou -) Ajuste de Avaliação Patrimonial


PREJUÍZOS ACUMULADOS


(-) Prejuízos Acumulados


TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO



Demonstração do Resultado do Exercício

A demonstração do resultado do exercício é uma demonstração contábil que tem por utilidade apresentar o resultado econômico de uma entidade, seja lucro ou prejuízo em um determinado período contábil e, entende-se por período contábil 1°. de janeiro a 31 de dezembro de um determinado ano.

A obrigatoriedade da demonstração de resultado do exercício consta na da Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades Anônimas, bem como, art°. 1.179 do Novo Código Civil, as empresas tem a obrigação de apresentar o balanço patrimonial e resultado econômico. A apresentação da demonstração do resultado do exercício conforme itens 26, 27 e 29 da ITG-1000.

A seguir o Professor Willian Ferreira dos Santos, apresenta sugestão, ou seja, modelo de balanço patrimonial, devendo ser observado o modelo apresentado na ITG-1000 e adaptado conforme as necessidades da entidade em questão.


COMPANHIA:
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
FINDO EM: 31-12-X1
CONTAS
31-12-X
31-12-X1
(=) RECEITA BRUTA


Receitas de vendas de mercadorias


Receitas de prestação de serviços


(-) DEDUÇÕES DE VENDAS


Tributos sobre vendas (ICMS, PIS, COFINS, ISSQN)


Devoluções de vendas


Descontos Incondicionais


(=) RECEITA LÍQUIDA


(-) Custo das mercadorias vendidas


(-) Custo dos serviços prestados


(=) LUCRO BRUTO


(-) DESPESAS COM VENDAS


Pessoal, alugéis, fretes, telefones, energia elétrica, créditos de liquidação duvidosa, propaganda, etc.


(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS


Pessoal, pró-labore, aluguéis, telefones, energia elétrica, material de expediente, etc.


(-) DESPESAS FINANCEIRAS


Despesas com juros, VMP, descontos concedidos, despesas bancárias, etc.


(+) RECEITAS FINANCEIRAS


Receita de juros, VMA, descontos recebidos, rendimentos de aplicações financeiras, etc.


(+/-) OUTRAS DESPESAS OU RECEITAS OPERACIONAIS


Dividendos recebidos etc.


(=) LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL


(+) OUTRAS RECEITAS


Ganhos de Capital


(-) OUTRAS DESPESAS


Perdas de Capital


(=) RESULTADO ANTES DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E DO IMPOSTO DE RENDA


(-) Contribuição Social


(-) Imposto de Renda


(=) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES


(-) Debêntures


(-) Empregados


(-) Administradores


(-) Partes Beneficiárias


LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO


LUCRO OU PREJUÍZO POR AÇÃO




Notas Explicativas

As definições de termos utilizados na ITG-1000 constam no Glossário de Termos, incluído na NBC TG[2] 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, aprovado pela Resolução CFC nº 1.285/10. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade, aprovados pela Resolução CFC nº 750/93, e em conformidade com as disposições contidas nesta Interpretação.

As receitas, as despesas e os custos do período da entidade devem ser escriturados contabilmente, de acordo com o regime de competência. Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos diariamente. É permitido, contudo, que os lançamentos sejam feitos ao final de cada mês, desde que
tenham como suporte os livros ou outros registros auxiliares escriturados em conformidade com a ITG 2000 – Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/11. Para transações ou eventos materiais que não estejam cobertos por esta Interpretação (ITG-1000), a entidade deve utilizar como referência os requisitos apropriados estabelecidos na ITG 2000 – Escrituração Contábil e na NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.

A obrigatoriedade das notas explicativas consta na da Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades Anônimas, bem como, no Novo Código Civil e, obrigação de apresentar notas explicativas conforme itens 26, 27 e 39 da ITG-1000.

Na sequencia o Professor Willian Ferreira dos Santos, apresenta uma sugestão de notas explicativas, devendo ser observado a estrutura conceitual mínima necessária, constante na ITG-1000 e adaptado conforme as necessidades e informações relevantes para a adequada compreensão das demonstrações contábeis da entidade.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 20X1

1.      CONTEXTO OPERACIONAL
INFORMAÇÕES GERAIS

A _______________________________ LTDA é uma sociedade limitada, com sede e foro na cidade de __________________/SP, tendo como objeto social ______________________, conforme consta do código e descrição da atividade econômica principal junto ao cadastro da Receita Federal do Brasil, uma secretaria / órgão do Ministério da Fazenda, com início de atividades e constituída em XX de XXXXXX de XXXX, registro na JUCESP - Junta Comercial do Estado de São Paulo em XX de XXXXXX de XXXX com registro sob nº. do NIRE XXXXXXXXXXX, com capital social totalmente integralizado em moeda corrente nacional na monta de R$ XXXXXX, regularmente inscrito ao Ministério da Fazenda sob nº. do CNPJ/MF: XX.XXX.XXX/XXXX-XX, .

2.     APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
RESUMO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis da sociedade compreendem:

·         As demonstrações contábeis preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade – The International Financial Reporting Standard for Small and Medium-sized Entities (IFRS for SMEs) e as práticas adotadas no Brasil, identificadas como, PRONUNCIAMENTO TÉCNICO PME.
·         As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidas pelo Comitê De Pronunciamentos Contábeis (CPC) e Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
·         As demonstrações contábeis foram elaboradas em consonância com os ditames do ITG 1000, além dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e demais práticas emanadas da legislação societária brasileira.

3.     PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
PROCESSO DE APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTÁBEIS

3.1.          APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Estão registrados ao custo de aplicação, acrescidos dos rendimentos proporcionais até a data do balanço, bem como, todas as aplicações financeiras da empresa são classificadas como de liquidez imediata.

3.2.          DIREITOS E OBRIGAÇÕES

Estão demonstrados pelos valores históricos, acrescidos das correspondentes variações monetárias e encargos financeiros, observando o regime de competência. Constam como contas do ativo circulante, ativo realizável a longo prazo, passivo circulante e passivo exigível a longo prazo.

3.3           INVESTIMENTOS

São investimentos em ??????, na ocasião para renda não operacional aos negócios de interesse da empresa, quanto ao rendimento de capital para reinvestimento nos negócios operacionais da sociedade.

3.4.          IMOBILIZADO

Demonstrado pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada calculada pelo método linear. As depreciações calculadas referentes ao ano de 2014 tiveram como taxas de depreciação as taxas referencias estipuladas pela Receita Federal do Brasil.

A aplicação da depreciação também cumpre o mencionado na NBC TG 27 (R2) – Ativo Imobilizado do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) do Brasil.

3.5.          AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

A empresa jamais efetuou ajuste de avaliação patrimonial.

3.6    INVESTIMENTOS EM EMPRESAS COLIGADAS E CONTROLADAS

A empresa não participa do capital social de outras sociedades, todavia, esta enquadrada como regime tributário, SIMPLES NACIONAL, sendo vedada a participação no capital social de outras empresas e, a constituição de grupos de sociedades.

3.7           TRIBUTOS TRABALHISTAS E DIREITOS SOCIAIS

A empresa está no regime tributário, SIMPLES NACIONAL e contabiliza os encargos trabalhistas e direitos sociais conforme benefícios descritos nos ditames da respectiva legislação. Sendo a contabilização destes tributos e direitos sociais pelo regime de competência.

3.8           DÉBITOS DIVERSOS

A firma mantém subgrupo de conta contábil no passivo denominada como DÉBITOS DIVERSOS, onde é reconhecido o direito de ?????

3.9           TRIBUTOS FEDERAIS

A empresa está no regime tributário, SIMPLES NACIONAL e contabiliza os encargos tributários pelo regime de competência, conforme consta da legislação fiscal e, norma contábil – NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, aprovado pela Resolução CFC n.º 1.285/10.

4.              EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

A empresa conta com um passivo, relacionado à empréstimos e financiamentos, no valor de R$ _________, junto à instituições financeiras nacionais.

5.              RESPONSABILIDADES E CONTINGÊNCIAS

Não há passivo contingente registrado contabilmente, tendo em vista que os administradores da empresa, escudados em opinião de seus consultores e advogados, não apontam contingências de quaisquer naturezas.

6.              CAPITAL SOCIAL

O capital social é de R$ _______, dividido em ____ quotas de R$ _______, totalmente integralizado, apresentando a seguinte composição:

Nome do sócio – participação percentual

7.              DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO

A Demonstração de Resultado do Exercício espelha um lucro do exercício de R$ ____________, porém a empresa realizou a distribuição de lucros aos sócios, sendo R$ ____________, para o sócio ____________________________ e R$ ________________ para o sócio ________________________.

8.             EVENTOS SUBSEQUENTES

Os administradores declaram a inexistência de fatos ocorridos subsequentemente à data de encerramento do exercício que venham a ter efeito relevante sobre a situação patrimonial ou financeira da empresa ou que possam provocar efeitos sobre seus resultados futuros




Limeira-SP, 31 de dezembro de 20X1.





_________________________                               ________________________
SÓCIO ADMINISTRADOR                                              CONTADOR
CPF/MF:                                                                             CRC/SP:



[2] NBC TG – Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral

[1] ITG – Interpretação Técnica Geral