quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

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Gerações









Gerações


O mundo vive em constantes mutações!

Como não seriam diferentes, os seres humanos evoluem com o passar dos tempos, porém como conviver entre essas evoluções?

De geração para geração muitas coisas ganham nova forma, nova estrutura e novos hábitos.

Não mais podemos dizer, enquanto educadores que nas empresas precisamos respeitar o nível hierárquico, pois hoje existem empresas que não possui isso, também não podemos mais afirmar que ao estudarmos precisamos estar em silêncio, pois hoje nossos jovens conseguem estudar ouvindo música e ainda antenados nas conversas que se sucedem próximos a eles enquanto estudam, então como podemos entender cada época e cada geração?

Certamente o maior dos problemas não é como entender e, sim como viver em harmonia entre as mais diferentes gerações que hoje existem no planeta, como por exemplo, os Tradicionais, Baby Boomers, Geração X, Geração Y, Geração W e Geração Z e, sem sombra de dúvidas o maior desafio de todos no mundo é:

Como manter uma boa equipe de trabalho que mistura todas as gerações, vejamos abaixo algumas constatações pesquisadas, vale apena conferir essas matérias, boa leitura!

Todo negócio pede um Y

Aí sim! Tiago Leifert direto da geração Y

por Lilian Cruz - publicado em 26. 2. 2010 - atualizado 8h58

Na capa um rosto conhecido do público. Apresentador do Globo Esporte, Tiago Leifert resume bem o conceito da geração Y, jovens nascidos nos idos de 1980.

Multifuncionais, vêem na Internet uma ferramenta indispensável e muito versátil.

Na era da Internet, em que a reprise do gol não tem muito sentido no dia seguinte, Tiago Leifert aparece como alternativa à mesmice do noticiário esportivo.

Confira a entrevista concedida à revista Drops.

Entrevista Lilian Cruz / Fotos Telmo Keim

Com pouco mais de um ano à frente da edição e das câmeras do Globo Esporte, o jovem nascido em 1980 causou revolução no formato do programa, no ar desde 1978. Com Tiago, o teleprompter perdeu a utilidade; as conversas passaram a seguir uma linha de improviso e as gafes, ironizadas no ar. Ousado, adicionou o videogame na paleta de esportes e substituiu o terno e a gravata pelo jeans e camiseta. Lutou contra o estigma de ser filho de um dos diretores da emissora e passou a ser reconhecido como o suposto filho do técnico Mano Menezes ou irmão da atriz Mariana Ximenes, por semelhanças na aparência.

Mas foi na linguagem que o jornalista surpreendeu. Ao mesclar humor, hits musicais e cenas de arquivo, as reportagens esportivas ficaram parecidas com vídeo-clipes, ágeis e atuais. O programa passou a usar bordões difundidos na voz de Zagallo e campanhas com pseudos galãs, que preenchem lacunas e dividem opiniões. Há quem critique o excesso de descontração e escassez de informações. Tiago se defende ao afirmar que não tem pretensão de agradar a todos.

Líder de audiência no horário, Tiago é retrato de diversos profissionais de seu tempo que, multifuncionais, quebram paradigmas e inovam ao testar inéditos formatos em plataformas que antes pareciam imutáveis. Por aceitar novos desafios, o apresentador abraça, além de homens que gostam de esporte, mulheres e crianças diante dos televisores na hora do almoço, assim como os leitores da Drops que acompanham esse bate-papo exclusivo.

Você começou Jornalismo em São Paulo e depois passou por Psicologia. Como surgiu essa escolha pelo estudo nos EUA?

Comecei no jornalismo porque sempre foi o que quis fazer, sempre, sempre. Então, entrei na PUC-SP pra fazer jornalismo, mas não me adaptei. Era muito palanque, muita ideologia, e eu queria algo mais técnico. Vi que nos EUA eles eram ultra técnicos e lá, além da formação em jornalismo é preciso escolher outro curso. Optei por Psicologia porque também sempre gostei e, no dia-a-dia, uso muita psicologia pra entender os entrevistados, as pessoas que trabalham com a gente e pra me entender. Isso é muito importante, porque na comunicação, principalmente em TV, fico exposto a muitos elogios e críticas, e a psicologia ensina a lidar com isso.

Nos EUA, em algum momento se fala em diploma para jornalistas?

Nas universidades dos EUA não se discute diploma, porque a primeira emenda da constituição norte-americana fala da liberdade de expressão. Lá a comunicação é aberta a qualquer pessoa, se querem alguém pra falar de medicina, escolhem um médico que saiba escrever, e por aí vai. Penso que no jornalismo uma formação adicional serve para se diferenciar no mercado, mas não é preciso diploma de jornalismo e sim talento, capacidade técnica e vontade.

No Vanguarda Mix você trabalhou na produção, edição, foi repórter e apresentador. Depois passou pela SporTV como repórter de campo. O que, de tudo isso, foi mais desafiador? Buscar as fontes, coordenar os bastidores ou enfrentar as câmeras?

O desafio maior, de longe, foi o Globo Esporte. O Vanguarda Mix teve seus desafios, estreei em maio de 2004 ao lado da Geovanna Tominaga (que está hoje no Vídeo Show) em algo novo, um programa inédito na região. Na SporTV era legal, e lá fazia trabalhos para a Globo, ambas ficam no mesmo prédio. Mas, o desafio maior foi quando estreei no Globo Esporte, em janeiro de 2009, porque o programa já estava há 30 anos no ar. Não cheguei a perder o sono ou roer unhas, mas no começo do Globo Esporte dormia muito tarde e acordava cedo demais para dar conta de tudo que tinha que fazer.

Há um ano a frente do GE, você inovou a linguagem com humor e videogame, de Deus do Amor a funk ao vivo. A equipe teria lançado mão desses recursos devido ao horário, quando crianças e mulheres também disputam o controle remoto com os homens?

Minhas idéias eram de 2006 e sem dúvida nenhuma eram focadas no horário que o GE vai ao ar, às 12h45, um horário que realmente crianças e mulheres dividem a sala com os homens. E, naquele momento, nada incluía a mulher e a criança na conversa. Já havia a idéia do vídeogame, mas o projeto era tratar o esporte de forma menos séria, como se fosse uma conversa entre amigos, como quando as pessoas se encontram e batem papo. Eu queria aproximar a linguagem de TV da linguagem de um bate-papo de rua. Mas, em 2006 ainda não era hora. A hora veio em 2009, com a mudança de cenário, porque tudo era sério demais para o assunto.

No início, você recebeu críticas contrárias ao novo formato? O que os críticos lhe pediam?

Olha, fiz uma estatística e por ter estudado psicologia dou atenção às estatísticas. Recebi tantas críticas quantos elogios. Se ponderar, acho que um anula o outro. Sempre penso que as pessoas que se dão ao trabalho de escrever um e-mail, de crítica ou de elogio, não fazem parte da média, não é o grande público. Geralmente, as pessoas não se manifestam. Os radicais sim se manifestam, principalmente aqueles que estranharam o formato. Foi absolutamente natural. Afinal, o programa já estava no ar há muitos anos com um formato cristalizado. Seria impossível agradar todo mundo. Mas, respeitosamente eu estava ali apresentando uma nova proposta e as estatísticas de audiência mostraram que deu certo.

Os números do Ibope balizam seu comportamento? Sente pressão nisso?

Ah, a gente olha com frequência. Nosso diretor tem acesso em tempo real, mas a média diária engana também. Eu olho o Ibope, olho sim. Mas não mudo de postura de acordo com as oscilações, porque isso pode ser uma armadilha. Estamos em um horário traiçoeiro, hora do almoço e o hábito das pessoas muda. Não é porque um dia teve queda que alteramos a programação no dia seguinte. Mas olho e avalio com muita atenção os números de um mês, seis meses. Penso até como um time de futebol que ganha dez partidas seguidas e, se na 11ª perde, dá uma falseada, é sinal que tudo tem que mudar? Então, avalio os números para posicionar matérias, por exemplo, no começo do programa. Logo quando estreamos, eu não poderia colocar uma matéria de vídeogame no primeiro bloco. Com o público mais fiel, já posso ousar. Hoje, nosso público já está mais consolidado.

Há planos de mudar novamente? Projetos de novo formato para o programa ou apresentar outros programas?

Me preocupo em não deixar o novo formato morrer, tenho ‘semancol’ e me questiono quanto a isso, mas ainda é muito cedo para mudar o formato. A gente está com essa nova cara e está indo bem. E principalmente em 2010, ano de Copa do Mundo, o Globo Esporte vai ficar cerca de um mês fora do ar, porque os jogos serão no mesmo horário. Os esforços agora estão todos voltados para a Copa.

Você estará na África do Sul? Está se preparando profissionalmente de alguma maneira especial?

Ainda não saiu a lista de quem vai, mas acho que não vou, porque alguns são escalados para irem e outros precisam ficar. Temos que aproveitar o momento para buscar conteúdo por aqui também. A Copa é um evento importante, assim como as Olimpíadas, para todos na Globo, porque chegam para todas as equipes materiais para leitura sobre os países sede, informações culturais e históricas, assistimos a palestras e isso é muito legal. Em 2008, ficamos experts em China, pois meses antes do início das Olimpíadas já estávamos estudando o país.

Quais suas expectativas para com o Brasil na Copa?

Acho que esta é a Copa mais importante dos últimos tempos. Porque o país entra como favorito e tem tudo para ganhar, pois é uma seleção focada, trabalhadora. Tem tudo para bater no peito e ganhar a Copa. Não gosto daquele mito chato que diz que o país que entra como favorito sempre perde. Não! É trabalho, foco e esse é o momento.

Você noticia fatos da Liga dos Campeões da Europa, acompanha jogos e noticiários esportivos. Quando vê o negócio lucrativo que é o futebol europeu, que atrai tantos craques brasileiros, além da moeda forte, o que você acha que falta ao Brasil para manter talentos?

Ah, dá para fazer do futebol brasileiro um grande negócio. A venda de ingressos antecipados já está ocorrendo – para o São Paulo, Corinthians e Flamengo – e isso é comum na Europa há tempos. Porém, o que vejo como problema básico do futebol brasileiro é a falta de punições mais rigorosas em caso de brigas de torcidas que, na verdade, não são brigas de torcidas, são brigas de bandidos, o que é uma outra modalidade e tem que ser tratada dessa forma. Com esse tipo de gente não tem melhora, só cadeia mesmo. Pensando em mercado, o Brasil precisa de uma nova lei que proíba menores de 21 anos de saírem do país para o futebol estrangeiro. Isso seria bom para o povo brasileiro, por acompanhar seus talentos, e para os meninos também, que estão cada vez mais cedo indo pra fora, longe da família, longe da identidade. Tem cara que saiu do Brasil muito novo, a gente nunca ouviu falar e estoura na Europa, como o Hulk, jogador do Porto de Portugal e convocado por Dunga em amistosos de 2009.

Pedro Bial, em entrevista à Drops, disse que à frente do BBB não se preocupa com sua credibilidade ao misturar jornalismo e entretenimento. Ele, durante todos os anos de carreira, disse que sempre foi nos lugares e deu seu testemunho e pronto. E você, segue algum preceito quanto aos limites da descontração em estúdio?

Sou fã do Pedro Bial, fã mesmo. Vejo que no Brasil criou-se uma coisa e que nos Estados Unidos é diferente. A credibilidade não é igual a ser sério, usar terno e gravata. Não é porque o cara usa terno e gravata que ele está falando a verdade. E não há nada que comprove cientificamente que ser sério e usar roupa formal seja sinal de credibilidade. Credibilidade é você fazer o seu melhor para apurar, passar a sua verdade, do seu melhor jeito. Credibilidade tem a ver com autenticidade e o Pedro Bial é uma prova disso, ele é autêntico à frente do BBB e, se estourar uma guerra lá do outro lado do mundo, ele vai cobrir com a mesma credibilidade. Ele foi um dos escolhidos para cobrir a eleição norte-americana e acho – é um chute – que o brasileiro está preparado para perceber isso. Uso o bom senso para saber os limites da descontração no estúdio e tem funcionado.

Também na Drops, levantamos informações sobre a geração Y, cuja principal característica desses jovens é serem acelerados, porém sabem equilibrar melhor trabalho com lazer. E você, como parte da geração Y, vê-se assim ou acha o momento oportuno para mergulhar na labuta?

Aprendi uma frase que uso sempre, é do escritor norte-americano Hugh Mcleod, que diz que você não pode fazer do seu trabalho o seu hobby, porque um dia, se você perder o trabalho, perde seu hobby, seu prazer, perde tudo. Mas eu falo da boca pra fora. Eu trabalho demais, não tenho escolha. Trabalho de domingo, porque tem jogo, corrida, tem esporte. Trabalho de quarta e sábado à noite porque tem jogos. Não lamento e não acho que deva ser diferente porque este seria o meu momento na Globo. Quando estive na Vanguarda, achava que era o meu momento e trabalhava demais, quando estive na SporTV também trabalhava demais. Não mudou.

No Twitter, você desejou boa prova aos vestibulandos da Fuvest, lançou slogans como ‘eu acredito’ para apoiar os times paulistas na final do Brasileirão e divulgou seu funk sobre Val Baiano. Como você vê essa ferramenta de aproximação com o público?

Pra mim é um grande prazer, porque consigo conversar com as pessoas como elas são. O que mais me choca na Internet é o anonimato, o e-mail, por exemplo, pode ser anônimo, é uma comunicação meio debilitada. Mas quando uma pessoa fala no Twitter, vejo a foto dela ali. Quando percebo que é fake, bloqueio e acabou. Gosto quando um jogador entra no Twitter e diz que preciso falar do time dele. Consigo pautas nesse contato. Não sou neurótico nas disputas de seguidores, tenho mais de 61 mil e não faço promoção, não quero que ninguém me siga só por seguir.

Embora você tenha blog, ele tem acesso restrito a convidados. É difícil preservar a vida pessoal e até suas opiniões quando se torna um personagem conhecido nacionalmente?

Eu escrevia coisas sobre a vida neste blog, não só esporte. Hoje, ele não cabe mais ser aberto, mesmo que eu não use a Internet para falar de vida pessoal. Antes da TV, tinha apenas 12 visitas no blog, eram só alguns amigos que o visitavam. Mas, como apresentador, passei a ser uma pessoa jurídica. Não quero ficar ‘filosofando’ no blog, minhas opiniões ganhariam outras proporções, poderiam ser mal interpretadas e a Globo também tem regras que regulam o uso de mídias sociais. Vejo no Twitter uma ferramenta aliada.

Prestes a chegar aos 30 anos. A vida tem sido boa pra você?

Ah, estou entrando nos trinta anos! Não acredito em inferno astral, mas estou na descida da curva da idade. Não tenho nada para reclamar da vida, nem uma coisa ruim foi tão difícil que eu não pude carregar, tive sempre muita sorte. Sou muito feliz com meu caminho.

FONTE: http://www.guiarioclaro.com.br/materia_imprimir.htm?serial=140014448

Eles cresceram na década de 1980, na dinâmica de um novo mundo Pós-Guerra Fria, com educação focada e acesso à Internet. Adultos, formam uma geração que ganha cada vez mais espaço no mercado de trabalho do século 21.

O acesso às novas formas de comunicação, aliado às quantidades homéricas de informações, são premissas daqueles que o RG ainda não registra 30 anos de idade. Questionador, esse jovem tem energia para buscar metas. Ansioso, procura respostas e resultados rápidos.

O perfil, porventura comum aos nascidos no início da década de 80, revela o novo profissional em atividade no mercado, com boa formação técnica – não no sentido de ter conceitos decorados, mas no sentido de capacidade de transpô-los para a prática – e com potencial para trabalhar em rede e lidar com autoridades como se fosse um colega de turma. Porém, quando ganha autoestima, não se sujeita às atividades que não fazem sentido.

A psicóloga e autora do livro “Virando gente grande – como orientar jovens em início de carreira” (Editora Gente), Sofia Esteves, pondera o imediatismo da geração Y. “A principal característica dos nascidos na década de 80 é a pressa, porém, não a mais importante. Embora esse jovem tenha visão de curto prazo e urgência para satisfazer suas necessidades, ele valoriza a qualidade de vida e cobra equilíbrio entre trabalho e prazer”, descreve.

Malabaristas de termos inexistentes no vocabulário de outras gerações, os Y representam o período em que foi hasteada a bandeira da preocupação com o futuro do planeta, portanto, ecologia, reciclagem e sustentabilidade saíram do papel sob seus olhos e com a colaboração destes jovens. Com expertise em tecnologia, tendem a remodelar processos, tornando-os menos burocráticos, mais transparentes e seguros.

Com dedos ágeis, dominam a tecnologia rapidamente e pensam de forma diferenciada das gerações anteriores ainda atuantes no mercado de trabalho, formadas pelos filhos do pós-guerra denominados de baby-boomers (1946 a 1964) e os céticos X (1965 a 1979). “Os Y não são adeptos da competição, procuram respeitar os pontos de vista dos outros e evitam conflitos, principalmente quando esses pontos de vista diferem dos seus”, enumera a psicóloga Sofia.

No convívio do trabalho, a mescla de gerações é defendida pela gerente geral de Recursos Humanos da Whirlpool Latin América, Úrsula Angeli, que aponta o equilíbrio como fator essencial para o negócio. “A geração X traz muitas referências, consistência, experiência e maturidade. A Y contribui estrategicamente com formação diferenciada, agilidade de informações e fácil adaptação à mudança. Na convivência entre gerações, os Y percebem que nem tudo pode ser feito de forma tão rápida e os X se reinventam”.

Networking

O jargão do mundo coorporativo se encaixa aos Y com suas vastas listas de contatos nas redes sociais. Se há descontentamento em um emprego, raros argumentos impedem a busca de uma outra vaga. “Vejo a rotatividade de emprego de alguns amigos meus, devido insatisfação do plano de carreira ou falta de novos desafios. Passar a vida toda numa só empresa definitivamente não é o sonho dessa geração”, relata Marcelo Araújo, especialista em sistemas que começou a trabalhar em desenvolvimento para WEB na Enfase - Assessoria e Comunicação ainda cursando a faculdade, onde permaneceu por quatro anos. Passou pela Riclan, Samsung e hoje atua na Bosch Alemanha.

A instabilidade de carreira remete à teoria do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, responsável por cunhar o termo “modernidade líquida”, no qual o mundo seria percebido a partir de conceitos mais abrangentes e onde tudo se torna mais volátil. Preocupadas com a retenção de talentos, empresas multinacionais se apegam a ferramentas desnecessárias até décadas atrás, como comitês de calibração de objetivos, monitoramento de performance, avaliação 360º e planos de carreira em Y.

Embora o estudo de gerações não anule a existência da individualidade de cada jovem, o despertar de características semelhantes ocorre no contexto sócio-econômico cultural que compartilham, pois os indivíduos passam por experiências semelhantes e vivem as mesmas mudanças tecnológicas e suas influências. E se a palavra de ordem no mundo dos negócios é diversidade, o rótulo Y não passa desapercebido nas avaliações.

Quem é quem

Tradicionais (até 1945)

É a geração que enfrentou uma grande guerra e passou pela Grande Depressão. Com os países arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver. São práticos, dedicados, gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo na mesma empresa e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.

Baby-boomers (1946 a 1964)

São os filhos do pós-guerra que romperam padrões e lutaram pela paz. Já não conheceram o mundo destruído e, mais otimistas, puderam pensar em valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros.

Geração X (1965 a 1979)

Nesse período, as condições materiais do planeta permitiam pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação foi possível tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, também se tornaram céticos e superprotetores.

Geração Y (de 1980 a 1998)

Com o mundo relativamente estável, eles cresceram em uma década de valorização intensa da infância, com Internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido no longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de turma.

Geração W (a partir de 1999)

Ainda não há estudos concluídos sobre a geração nascida na era da revolução digital e das curas da medicina. Entretanto, desastres naturais de grande impacto tendem a solidificar os conceitos de sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental. Nesta geração, verifica-se comportamentos singulares na busca de serviços customizados, valorização de ambientes informais, adeptos do home office e horizontalização de hierarquias. Talvez com maior dificuldade de relacionamento, já que o virtual tornou se acessível e prático.

FONTE: http://www.guiarioclaro.com.br/materia_imprimir.htm?serial=140014452

Empresas encontram desafios para manter talentos da geração Y

Os jovens querem progredir rápido e mudam facilmente de emprego em busca do crescimento. Já as companhias tentam estimular essa geração para mantê-los na equipe e melhorar a relação dos Y com os Baby Boomers e os X.

Edição do dia 17/11/2010
18/11/2010 00h25 - Atualizado em 18/11/2010 02h04
Fábio Turci / Marcos Losekann / Roberto Kovalick
São Paulo, SP / Londres, Reino Unido / Tóquio, Japão

Um cafezinho. Bate-papo. Um bom livro. E a vista panorâmica de São Paulo. Não é nenhum barzinho, nenhum café, e o pessoal não está de folga. Todo o espaço, na verdade, é a ante-sala do trabalho.

O lugar é aconchegante, mas não tem mordomia para ninguém. Todo mundo, de estagiários a diretores, tem que pegar a própria xícara e, depois, colocá-la na máquina de lavar. Acabou o tratamento VIP que só os chefes tinham.

“Quanto mais você subia na hierarquia, mais status você tinha. As salas iam crescendo, o local onde era sua sala. Muitas vezes, você tinha o copeiro, copeira, servindo café, fazendo os serviços, ou seja, mostrava que a hierarquia era presente e que tinha as diferenças dentro da organização”, diz Adriana Tieppo, diretora de recursos humanos da Boehringer.

Os chefes também perderam as salas. Agora, senta todo mundo junto. Com as mudanças, a empresa quer mostrar que há chance para todos. “O crescimento é pelo seu potencial de realização. Seja a idade que você tem, ou mais jovem, ou mais velho, não tem preconceito por nenhum dos lados”, afirma Adriana.

A empresa, do ramo farmacêutico, tem mais de 600 funcionários, bem distribuídos entre as diferentes gerações: os "baby boomers" (25%), nascidos entre o fim da Segunda Guerra e a metade da década de 60; a geração X (42%), de quem nasceu entre a segunda metade dos anos 60 e nos anos 70; e a Y (32%), formada pelos nascidos dos anos 80 até meados da década de 90.
Na empresa, a perspectiva de crescer e o tratamento igual entre todos estimulam, principalmente, a geração Y, que não dá muita bola para hierarquia. Já a geração X tem que se acostumar a não ostentar tanto o poder de chefe.

“O RH das empresas está preocupado com a maturação deste geração X para que ele seja mais benevolente com essas questões de hierarquia, que não são respeitadas pela geração Y. Muitas vezes, quando essas duas gerações se batem, dado que a geração Y não tem tantas âncoras, não tem tanta responsabilidade, o que acontece? Ele vai trocar de empresa”, afirma Renato Trindade, presidente da Bridge Research.

E se a geração Y gosta de prazer e de tecnologia, foi criado um cantinho para eles. “É um espaco diferente, diferente de você estar ali, dia inteiro na frente de um computador, são oito horas. Então, você vem aqui, dá uma distraída. A hora que você volta, volta com mais gás, volta com mais vontade”, diz Raphaela Guedes, analista de trade marketing.

Uma empresa de tecnologia da informação também incorporou o jeito mais informal da geração Y para melhorar a convivência com os jovens. O jeans foi liberado. Dá para trabalhar de casa duas vezes por semana. Os funcionários ainda viajam para ajudar comunidades de países pobres.

Isso motiva o Y Eduardo Ikeda, coordenador de inteligência de mercado da IBM. “Você tem que sentir que sua empresa, de alguma maneira, contribui para um mundo melhor e, ao mesmo tempo, ter qualidade de vida”, diz.

A empresa está até criando um comitê para "discutir as relações". “Esse comitê é formado por pessoas de diferentes gerações, e elas vão fazer uma troca das necessidades de cada um”, explica Gabriela Herz, consultora de RH da IBM.

Em outra empresa, que tem escritórios em 40 países, o intercâmbio é uma forma de estimular o pessoal. Uma das funcionárias foi enviada para Londres.

Jovens dos cinco continentes correm para Londres em busca de oportunidades. É a cidade que mais recebe estudantes brasileiros na Europa. Conseguir também uma experiência profissional por lá pode significar um salto e tanto na carreira.

Sorte e mérito de Daniela Godoy, de 28 anos. Ela entrou há pouco mais de um ano na filial brasileira de uma empresa britânica. Logo, os diretores identificaram várias habilidades na jovem: capacidade de liderança, visão crítica, inglês fluente. Daniela foi escolhida para ir a Londres por seis meses para ajudar a criar a política global de RH do grupo.

“Carreira internacional, ter uma exposição internacional, foi uma coisa que eu sempre quis. Então, quando eu entrei numa empresa multinacional que podia me dar essa possibilidade, eu corri atrás disso”, diz Daniela.

Mas e quando nem mesmo o mais talentoso dos jovens encontra espaço para crescer? É o que acontece em muitas empresas japonesas. Os mais velhos mandam, os mais jovens obedecem. E pronto. É a lógica de um sistema hierárquico extremamente rígido que impera na sociedade japonesa, chamado “senpai-kohai”, ou veterano-novato. O sistema tem origem no século XVI, quando o Japão era comandado por chefes militares, os shoguns. A sociedade era dividida em cinco categorias.

O sistema foi abolido oficialmente No século 19, mas a influência permanece até hoje. Há uma palavra em japonês para definir como a sociedade japonesa como deve funcionar: “tate shakai”, ou seja, uma sociedade vertical, em que todo mundo sabe seu lugar, deve obediência para quem está acima e manda em quem está embaixo. Quem mais sofre com isso são os jovens, já que a ascensão se dá, por tempo de serviço e não por mérito ou talento.

Um professor universitário que estuda o tema diz que o Japão terá que tornar as relações entre as gerações mais flexíveis pra concorrer com países que dão chances aos mais novos. Um dos ganhadores do Nobel de Química deste ano endureceu o tom. Radicado há 40 anos nos Estados Unidos, Ei-ichi Negishi aconselhou todos os jovens pesquisadores japoneses a abandonar o Japão, como ele fez, porque, no país onde nasceram, não haveria futuro para eles.

No Brasil, as empresas se preocupam em não perder os jovens talentos, mas, às vezes, para aproveitar melhor a energia e a criatividade da geração Y, é preciso puxar o freio deles. Em uma multinacional de eletrodomésticos, existe uma área onde a geração Y é estratégica: inovação.

“É uma geração que tem muita vontade de mudar o mundo, querem fazer tudo muito rapidamente e olham as coisas de uma perspectiva diferente”, afirma Mário Fioretti, gerente de inovação da Brastemp.

Mas, no ambiente corporativo, inovação não é mudar o mundo. “Inovação é pensar diferente. A ansiedade, misturada com a ordem e a disciplina que tem que ter, para se ter um método. Eu diria que, de todas as ideias que surgem, talvez menos de 10% são aproveitadas, e como lidar com essa situação com uma garotada que quer mudar o mundo?”, diz Fioretti.

Como? Afinando a empresa com o perfil da geração Y. “Ela é super aberta, é bem Y, por assim dizer, é bem informal. Você tem acesso a diretores, vice-presidentes, gerentes com uma facilidade tremenda. Acho que isso faz com que eu me sinta bem aproveitada, você é ouvida”, diz Juliana Harumi, especialista de inovação.

“A gente, às vezes, acha que todas as ideias são as melhores, que vão dar certo, e nem sempre é assim. As conversas chegam a um ponto comum. A gente troca muita ideia, então, se a ideia não vai para frente, ela tem uma justificativa”, explica Fábio Furlan, analista de inovação da Whirlpool.

E enquanto muitas empresas estão se adaptando pra não espantar a geração Y, outras nem precisam disso. Elas já nasceram pelas mãos desses jovens. É o que você vai ver na próxima reportagem.

O Jornal da Globo entrou até na sede do Facebook, na Califórnia. Ele foi criado por Mark Zuckerberg, um gênio da geração Y que virou milionário. Mas, dentro da empresa, ele é um funcionário igual aos outros.

FONTE: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/empresas-encontram-desafios-para-manter-talentos-da-geracao-y.html

Geração Y cria e dirige empresas de sucesso no Brasil e no exterior

Conheça a rotina do Facebook, empresa comandada por jovens e que põe na internet a maior rede de relacionamentos do mundo. No Brasil, profissionais contam como aumentam o faturamento sem seguir o modelo convencional de trabalho.

Edição do dia 18/11/2010
19/11/2010 01h00 - Atualizado em 19/11/2010 02h04
Rodrigo Alvarez / Fábio Turci
Palo Alto, EUA / São Paulo, SP

A garotada avança pela porta principal, mas não vem para visitar nem para procurar estágio. São funcionários do primeiro time, qualificados e muito bem pagos. Logo em seguida, surge mais um jovem de camiseta, jeitão descolado. Tem cara de presidente?

Marc Zuckerberg não está nem aí para a câmera. Ser notícia, para ele, é rotina. Aos 26 anos, o fundador e presidente do Facebook é um símbolo de sucesso na geração Y, além de muito ocupado e bilionário.

Mas o que nos trouxe a Palo Alto, na Califórnia, foi uma pergunta: como é a vida nessa empresa que bota no ar uma rede social na internet com meio bilhão de usuários no mundo? Um lugar em que, aos vinte e poucos anos, você pode ser diretor e ter a impressão de que está velho demais.

"Eu me sinto velha porque eu estou trabalhando aqui há mais de cinco anos", diz Naomi Gleit, diretora de projetos do Facebook. "Entrei quando tinha 21, agora tenho 27 e sinto que já tive muitas experiências", diz.

A experiente Naomi foi uma das primeiras funcionárias do Facebook, e diz que não se lembra de quantas promoções recebeu nessa meia década. "Eu tive muitas funções diferentes aqui. Quando comecei, era uma empresa muito menor, então eu fazia de tudo, incluindo pedir comida chinesa, limpar o escritório, vendas, marketing, relações públicas", afirma.

Apenas um ano depois, ela virou gerente. Mas ainda não era o bastante. "Eu estava mais interessada em ser diretora de produto. Eu adoro trabalhar com os engenheiros, eu gosto de estar realmente envolvida em construir alguma coisa. E quando me tornei diretora, foi como conseguir o emprego dos sonhos", completa Naomi.

É uma empresa criada e comandada pela geração Y. E até por isso, a palavra “comando”, dentro do local, não faz muito sentido. Os setores são organizados em times. E será que alguém aqui está preocupado com hierarquia?

Lembram da chegada do presidente? Pois é. O engenheiro brasileiro Rodrigo Schmidt estava andando com um skate ultramoderno e achou aquela cena a mais normal do mundo.

“A gente tem livre acesso para conversar com quem quer que seja na empresa, com diferentes times, inclusive com o presidente. Todo mundo tem uma voz na hora de criar um produto, na hora de adicionar um novo recurso no site”, diz Rodrigo, engenheiro de software.

Numa empresa onde se é estimulado a ser criativo o tempo todo, ninguém bate ponto. Eles querem é trabalhar com prazer, a qualquer hora do dia ou da noite, pensando sempre em resultados. “Você adquire uma responsabilidade maior e você se sente, tem mais autonomia em cima do que está fazendo”, afirma.

O engenheiro que hoje ajuda a desenvolver as ferramentas do Facebook saiu da cidade portuária de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, foi estudar em Campinas, no interior de São Paulo, fez doutorado na Suíça, e, há dois anos, trabalha na Califórnia.

Considerando a idade, 32 anos, Rodrigo é oficialmente da geração X, aquela turma que era adolescente nos anos 80. Mas, conversando com ele, você não tem dúvida de que o DNA desse engenheiro é totalmente geração Y, da turma que hoje anda pela casa dos 20 anos. Mas o que X e Y significam pra ele? "Possivelmente, seriam nomes que eu daria para variáveis num programa", diz.

Para uma geração acostumada com coisas multitarefa, como falar no celular e trabalhar e andar na rua ao mesmo tempo, pingue-pongue durante o expediente é uma coisa normal. Dentro da empresa, eles acreditam que jogar é uma coisa que se faz ao mesmo tempo em que se trabalha.

Afinal, para a geração Y, existem mil e uma formas de ser produtivo. Cada um decora a baia do jeito que quiser. No Facebook, os funcionários têm três refeições grátis por dia. E se quiserem novos ares, podem comer debaixo da árvore ou bater uma bolinha na quadra de basquete. O funcionário mais velho que encontramos era um senhor de 43 anos, raro representante da geração X. Devidamente adaptado, interagindo com a garotada, e, mais do que tudo, aprendendo com eles.

"Uma das coisas que faz do Facebook tão especial é que, na prática, ele é dirigido por gerações mais jovens. Eles trazem com eles um senso mais integrado de redes de contatos e são mais abertos, e percebem o papel que o Facebook pode ter tanto na vida pessoal deles como na sociedade em geral", diz Robert Kieffer, engenheiro de software.

Numa empresa de comando tão jovem, o que acontece é que os mais velhos acabam agindo de forma parecida com os mais novos. E quem não fica esperto, fica pelo caminho.

Esse modelo de empresa com jeito de playground já chegou ao Brasil. Diego Torres Martins, de 27 anos, nunca teve muita paciência para subir os degraus da carreira. “Eu acabei percebendo que meu grande sonho era ser presidente de uma grande empresa. Não somente uma grande, mas que pudesse ser uma empresa diferente”, diz.

Com toda a pressa da geração Y, ele achou mais prático fundar uma empresa para ser o presidente dela. O serviço que eles oferecem está em alta: a digitalização de documentos.

E, bem ao estilo do chefe, os funcionários registram os novos clientes ao som de cornetas, e fazem reuniões "estratégicas". Eles até tentaram montar uma sala de reuniões mais séria, mas acabou entrando o videogame.

Mas se engana quem pensa que é brincadeira trabalhar aqui. “Minha meta é semanal. As metas são bem de curto prazo, o que provoca maior expectativa nas quintas e nas sextas”, diz Thamires Honda, analista de suporte.

Foi desse jeito que a empresa triplicou de faturamento no ano passado. O prêmio: foi todo mundo para a Disney. Se eles repetirem o feito, vão para Las Vegas.

Não é nada radical como andar de meias, mas, nas empresas convencionais, os chefes também estão se aproximando do jeito Y de ser. “O líder que está direto com cada profissional tem que ser uma pessoa mais participativa, uma pessoa que dá feedback, que ouve o feedback também, que reconhece quando ele erra, que propicia trabalhos desafiadores”, afirma Eliane Figueiredo, presidente do projeto RH e consultora de recursos humanos.

As mudanças também valem para os mestres que o jovem tem antes de chegar à empresa. Ser professor já não é mais como antigamente. “O que acontece hoje é que nós temos uma possibilidade de trazer para a sala de aula coisas, informações, imagens e sons que, há 30 anos, era impensável. Eu acho que mudou a forma de dar aula, mudou o aluno, mudou a estrutura da sala de aula”, explica o professor Rubens Fernandes, da FAAP.

Além de usar recursos tecnológicos nas aulas, uma faculdade de São Paulo chamou de volta alguns ex-alunos para que falem com os novos universitários de Y para Y. “Chegar a uma linguagem comum, e também trocar nossas experiências com as tecnologias”, diz o professor Ronaldo Entler.

A missão da jovem professora Nathália Palma: ajudar o aluno a organizar o conhecimento no meio de tanta tecnologia e informação. “Ele tem um conteúdo muito maior, uma grande quantidade de informações, mas essas informações não estão muito bem nas gavetinhas certas. Eles não conseguem entender que essa informação um dia pode se tornar um conteúdo”, afirma.

FONTE: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/geracao-y-cria-e-dirige-empresas-de-sucesso-no-brasil-e-no-exterior.html

Ritmo da tecnologia é decisivo para formar a personalidade da geração Z

O mundo desses jovens, nascidos em meados de 1990, sempre teve internet, e-mail, celular, e, a toda hora, aparece uma novidade. A tecnologia também molda uma geração em que a comunicação é instantânea e nem sempre depende do olho no olho.

Edição do dia 19/11/2010
20/11/2010 00h45 - Atualizado em 20/11/2010 01h1
Fábio Turci
São Paulo, SP

“Lerdeza”, diz Marco Briani, 17 anos, quando perguntado sobre o que o deixa impaciente. Parece aquela impaciência da geração Y? Mas é pior. “Pessoas que fazem tudo muito devagar ou que demoram para entender uma coisa me causam irritação extrema”, completa Marco.

Uma nova leva de jovens chama a atenção de educadores e especialistas em recursos humanos. Eles ainda não chegaram à universidade, mas já demonstram que vão ter um comportamento diferente no mercado de trabalho. Os dias de caçula da geração Y vão acabar. Vem aí a geração Z.

“Eu acho que o que tira a paciência dele é quando ele não consegue rapidamente o que ele precisa, o que ele quer, de mim ou de alguma situação. Porque não é a internet, não é o computador, que, ‘tuf’, já está lá”, diz Sandra Mara Azevedo, mãe de Marco. “Mas se é agora é agora!”, replica Marco. “Tá vendo? Quando é agora, é agora. Só que o seu agora às vezes é um pouco agora demais, entendeu?”, completa Sandra.

“A nossa geração é muito rápida, internet e tudo mais, então a gente quer tudo com muita ansiedade”, afirma Mariana Matheus, 17 anos.

Na linha do tempo, a geração Z nasceu a partir de meados dos anos 90. O mundo desses jovens sempre teve internet, e-mail, celular, e, a toda hora, aparece uma novidade. O ritmo ditado pela tecnologia é decisivo para formar a personalidade da geração Z.

“Essa geração atual não compreende a si mesma, a geração Z, sem que haja digitalização do mundo, das relações, da vida. Ela não se compreende e não compreende a vida fora disso”, diz o educador Mário Sérgio Cortella.

“Às vezes, é o computador ligado, conversa, jogo, música, o celular do lado, a TVA ligada, essas coisas todas, e você vai prestando atenção em tudo que está acontecendo”, explica Rodrigo Lavorato, 17 anos.

“Um menino entra hoje na empresa como um trainee e ele acha que, se em 2 anos, ele não for um dos diretores, ele é um fracassado, se ele é da geração Y. Ele não tem ideia de tempo, de maturação de carreira. A geração Z agudiza essa situação”, afirma Cortella.

A tecnologia também molda uma geração em que a comunicação é instantânea e nem sempre depende do olho no olho. Parece contraditório, mas eles se comunicam tanto que ficam isolados na própria casa.

“Sabe que eu levei ele no otorrino, porque achava que ele tinha problema de surdez? Porque eu abria a porta do quarto, falava com ele, na quarta, na quinta vez, quando eu estava berrando, é que ele me respondia. Aí o otorrino falou que o ouvido dele é seletivo, ele só ouve o que ele quer.

Mãe acho que não é uma coisa que ele gosta muito de ouvir”, diz Sandra, sobre o filho Marco.

“A gente fica menos na sala. A sala não é mais um lugar de convívio da família e eles vão para os seus quartos, mas a gente não pode dizer que eles fizeram isso sozinho. Os seus pais ajudaram a educar dessa forma”, afirma Eline Kullock, presidente do Grupo Foco.

“A maioria das famílias não acompanha esses adolescentes. Eles ficam sozinhos porque os pais trabalham. Dessa forma, eles estão acostumados a ficar com eles mesmos, independentes, a fazer as coisas do jeito que eles querem e quando eles querem. Então, no momento que eles têm que dividir, isso se torna muito difícil”, diz a professora Desirée Azevedo.

É uma geração conhecida como individualista. Pensando no futuro, esses jovens podem ter muita dificuldade de trabalhar em equipe. E tanto o trabalho em equipe quanto a paciência essa geração precisa cultivar. Quando chegar nas empresas, ela vai ter que se acostumar a ajudar os mais velhos com a tecnologia, como acontece em casa. E já imaginou tratar um colega ou um chefe assim?

“Tentei ensinar minha avó uma vez. Não deu certo. Porque ela não conseguia nem mexer no mouse. Ela não conseguia entender como o mouse se movia na tela. Ela não conseguia. Fiquei dois minutos e desisti. Falei ‘Vó, vai cozinhar’”, diz a estudante Andrea Teixeira.

A geração Z há de ter o seu lugar, assim como as outras. Os baby boomers, experientes e que vestem a camisa da empresa. A geração X, mais dedicada ao trabalho, e que combina um pouco da experiência dos mais velhos com o pique dos mais novos. E a geração Y, cheia de ideias, de energia, de capacidade para inovar.

“Essas gerações que convivem podem ter uma relação de aprendizado ou podem ter uma relação de rejeição. Essa mescla de gerações oferece um aumento de repertório para soluções. Empresas inteligentes mesclam gerações nos projetos, nas equipes, para obter aumento de repertório e, portanto, de arsenal de respostas”, conclui Cortella.

Respeitadas as habilidades de cada uma, todas as gerações têm o seu espaço. “Se eu tiver que alocar pessoas numa função de planejamento, eu diria que esse é o baby boomer. Para definir orçamentos, quanto vai custar, eu diria que são os práticos da geração X. Esses vão saber alocar recursos muito bem. Para partir para ação, eu diria a geração Y, que é mais imediatista, não quer planejar, quer sair na rua vendendo, criando. Então, se a gente puder fazer esse círculo, todas elas vão se complementar muito bem”, diz Eline.

“É uma troca, entendeu? Eu sempre tive facilidade, sempre busquei retirar o melhor das pessoas mais velhas porque eles têm sabedoria”, explica Júlia Rizzi, estudante.

FONTE: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/ritmo-da-tecnologia-e-decisivo-para-formar-personalidade-da-geracao-z.html

Geração W
Comunicação e interatividade

por Cristiano Sobrinho

Falar de gerações pode parecer um assunto muito histórico ou complexo. Mas quando ele está presente no nosso cotidiano fica muito mais fácil explicar. Antes de qualquer coisa, o "W" não é por acaso. Essa foi a primeira geração que nasceu depois do surgimento da internet e já está crescendo junto com ela. O "WWW" faz parte da vida dessa geração desde pequenos. Mas para começar a entender um pouco do que é a Geração W, precisamos voltar algumas letras, digo, algumas gerações.

Os Baby Boomers

Nascidos logo após o término da Segunda Guerra Mundial, os Baby Boomers representaram muito bem o ideal de liberdade e o american way of life. Essa geração foi quem cunhou frases e movimentos contra a repressão das minorias. Culturalmente falando, foi a geração que mais produziu entretenimento de qualidade. Hoje os Baby Boomers estão preocupados com a qualidade de vida. É a geração que quer continuar autônoma, mesmo na terceira idade.

Geração Y

Também referida como Geração da Internet, a Geração Y se refere aos nascidos entre 1980 e 1990. Além de viverem uma época de grande desenvolvimento econômico e tecnológico, essa foi uma geração, digamos, mais mimada pelos pais. Para não repetir o abandono das gerações anteriores, os pais dessa geração encheram os filhos de brinquedos e presentes. Essa foi a época em que mais se vendeu brinquedos. Essa foi a geração que mais estudou. Grande parte dos jovens dessa geração - que estão hoje na faixa dos 20 a 25 anos - já se graduaram ou estão concluindo o ensino superior.

Geração X

Os nascidos entre 1965 e 1980 receberam a letra X no nome da Geração e, além disso, ficaram conhecidos ainda como Geração Perdida. O termo foi aplicado em função de muitos dessa faixa etária não seguirem a mesma perspectiva de vida utópica planejada por seus pais. A nova realidade social que viveram, os tornaram mais rebeldes. Usavam jeans rasgado, ditavam moda e espalhavam suas ideias aos sete ventos. Muitos assistiram o divórcio dos pais (algo novo na época), viram suas mães começarem a trabalhar fora de casa e a chegada de algumas invenções tecnológicas que mudaram o mundo a partir de então.

Geração Z

A turminha que hoje está na faixa dos 10 a 15 anos, começando a entrar na adolescência, faz parte da geração dos novos consumidores. Eles gostam de desenho animado japonês e dominam, como nenhuma outra geração anterior, o mundo online. Essa geração não brincou na rua como as crianças da Y. Para elas, as brincadeiras são no computador com amigos que, em muitos casos, elas não conhecem pessoalmente. Essa geração lê muito menos que as gerações anteriores, não sabem que é fazer tarefa de casa sem o auxílio do computador, mas ouve mais música e sabem usar a maioria das funções do celulares mais modernos.

Geração W

Essa é a geração mais jovem e antenada de todas. Não podemos negar que eles vivem num mundo muito mais prático do que nós. Com a tecnologia a favor deles, tudo - ou quase - à mão (ou ao mouse) de clique em clique eles vão avançando. As crianças com menos de 10 anos são parte da geração W, a geração Web. O problema de ser a Geração W, e quem tem filho nessa idade já deve ter percebido isso, é que eles sentem dificuldade em separar o que é online do que é real. Essas crianças não são as melhores em relacionamento interpessoal. Para elas, a linguagem que impera é outra. A linguagem offline não é mais tão atraente quanto os vídeos, as animações da internet e os comunicadores instantâneos. O Orkut, o Twitter e as novas redes de relacionamento na internet parecem chamar mais atenção do que um passeio com os amigos.
A "Geração W" vive num universo midiático em permanente evolução. Neste meio, a informação ocupa um lugar cada vez mais determinante, seja ao nível da formação e até mesmo no próprio desenvolvimento destes jovens. Percebe-se isso claramente com a onda Emo, a série High School Musical, o vampiro romântico do bestseller Crepúsculo e os novos programas de TV que são desenvolvidos visando atingir também essa nova turminha. Essa nova geração, bem como uma parte da Z, é multifacetada. Nunca uma geração foi tão eclética como estas duas. Ao mesmo tempo em que ouvem música sertaneja, têm música eletrônica no mp3 player. Essa última geração não se reúne em tribos. Elas fazem parte de todas. Não que as demais também não tivessem suas tribos, mas nunca conviveram tão próximas. Essas últimas gerações são fundamentadas na comunicação. Nenhuma outra geração se comunicou tanto como as últimas. Para elas, expressar opiniões é fundamental e usam a tecnologia como ferramenta para isso. Mas muito mais do que expressar a própria opinião, eles querem participar. Querem interatividade. Por isso preferem muito mais a internet aos programas de TV. Eles não se contentam em apenas receber a informação. Querem fazer parte dela.

Qual a sua geração?

Em algum momento, é claro, vai acontecer de pessoas de gerações diferentes se encontrarem. E isso acaba quase sempre em briga, porque compreender outros costumes de uma geração que não a sua, é muito complicado. Imagine um avô baby boomer tentando entender porque o neto dele, da Geração W, não desgruda o olho do novo celular que ganhou. Cabe aos pais, então, fazer a interação entre essas duas gerações tão distintas. Mas, cá entre nós: pode ser muito divertido ouvir histórias da juventude dos nossos avós. Vale a pena tentar manter uma interação. A tendência das novas gerações é sempre retirar os rótulos de tudo. E como nada tem rótulo, o comportamento é que define cada um. Logo, se você se comporta como Geração Y, você é geração Y. Portanto, eu pergunto: Qual a sua geração? Escolha você mesmo

FONTE: http://www.netcult.com.br/netcult.qps/Ref/QUIS-7YA69S

Geração Z

Geração Z é a definição sociológica para definir geração de pessoas nascidas desde a segunda metade da década de 90 até os dias de hoje.

A teoria mais aceita por estudiosos é que essa geração surgiu como concepção sucessora no final de 1982 (começo do Echo Boom), aceita internacionalmente e adotada entre 1993 a 1995. Ou seja, geração que correspondem à idealização e nascimento da World Wide Web, criada em 1990 por Tim Berners-Lee (nascidos no início de 1993) e no "boom" na criação de aparelhos tecnológicos (nascidos entre o fim de 1993 a 2010). A grande nuance dessa geração é zapear, tendo várias opções, entre canais de televisão, internet, vídeo game, telefone e mp3 players.

As pessoas da Geração Z são conhecidas por serem nativas digitais, estando muito familiarizadas com a World Wide Web, YouTube, telefones móveis e mp3 players, não apenas acessando a internet de suas casas, e sim pelo celular, ou seja, extremamente conectadas.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gera%C3%A7%C3%A3o_Z


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Visita Técnica - 18/12/2010

Os Alunos do Curso Técnico em Logística, Turmas VI e VII do Senac Limeira visitaram o Porto de Santos e puderam entender melhor o dia-a-dia de um porto bem como aprimorar os conhecimento adquiridos em sala de aula nas dependências do Porto de Santos.

O objetivo da visita foi agregar conhecimento prático sobre o cenário logístico do nosso país. Durante a atividade, os alunos percorreram pelo Terminal 37 - Libras, Parte Seca e Molhada, Margem Direita e Esquerda, Passeio de Escuna com Informações Técnicas sobre o Porto, Embarque e Desembarque de Passageiros na Concais - Terminal de Passageiros e Museu do Café.

Evaldo Barbieri, monitor de visitas, conduziu a visita, que começou com a apresentação do porto como sendo o maior porto da América Latina, as obras do porto começaram em 1888 e sua inauguração se deu em 1892, O porto de Santos é responsável por escoar boa parte das exportações brasileiras e cerca de 70% das exportacões de café. Atualmente, o porto encontra-se sob a administração da CODESP (Companhia Docas do estado de São Paulo), com vários terminais operados por concessionárias. O porto de Santos possui o calado de 11 a 13 metros, mas a codesp prevê obras para que o calado do porto aumente e chegue até 16 metros. Evaldo Barbieri esteve presente em todo o percurso planejado para a visita onde os alunos puderam conhecer o Terminal 37 - Libras que permitiu que os alunos conhecessem toda a história do porto, desde sua criação até os dias atuais, posteriormente fizemos um passeio de Escuna conhecendo a Margem Direita e Esquerda, Partes Seca e Molhada.

Os alunos contaram ainda com uma explicação de como funciona o Embarque e Desembarque de Passageiros, onde foram orientados por Cristiane Nóbrega da Concais S/A, conhecendo todo o espaço do Terminal de Passageiros, Balcões de Atendimento, Postos de Atendimento: Policial Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, ANVISA e toda a Infraestrutura e Logística do Terminal. Ao fim da visita técnica, os alunos puderam saborear um delicioso café no Museu do Café onde foi explicado por Evaldo Barbieri da existência do Museu por conta da Bolsa do Café.

A atividade foi acompanhada pelo Professor e Coordenador dos Cursos da área de Administração e Negócios, Willian Ferreira dos Santos e pelos professores Kleber Graf, Dênis Everton Vaz, Regianne Fontana e pelos funcionários do SENAC Limeira-SP, Virgínia Soares Torrezan e Ronaldo Xavier da Silva.