terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fiscalização de balanços pela CVM será mais rigorosa em 2012


Para 2012, segundo ano de obrigatoriedade das IFRS (International Financial Reporting Standards – Normas Internacionais de Contabilidade), a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) promete fiscalizar com maior rigor os balanços das empresas.

O reconhecimento indevido de ativos e a não constituição de provisões para casos de disputas judiciais estarão em destaque. Algumas empresas já foram questionadas sobre tais tópicos em relação aos balanços publicados em 2010. No entanto, até o momento, não foi exigida a republicação de nenhuma demonstração.

De acordo com o diretor da CVM, Alexsandro Broedel, a avaliação do primeiro ano de adoção das IFRS é positiva, porém, ainda é preciso melhorar. Dentre os pontos a serem trabalhados, estão as notas explicativas.

Outros itens que serão analisados com mais atenção são: a nota explicativa sobre receita, a baixa de ativos, a nota sobre partes relacionadas, as premissas usadas para cálculo do ajuste a valor presente, a divulgação sobre provisões e passivos contingente, a clareza das notas sobre instrumentos financeiros, a explicação mais detalhada sobre o ativo imobilizado e as taxas de depreciação usadas por tipo de ativo e o uso da conta de reserva de lucros a realizar.

[Com informações do jornal Valor Econômico, de 13 de dezembro de 2011]

Fonte: http://www.crcsp.org.br/

sábado, 10 de dezembro de 2011

Visita Técnica - 09/12/2011

Os alunos do Curso Tecnólogo em Logística, visitaram a Empresa da Schincariol, localizada à Avenida Primo Schincariol, 2300, Itaim, Itú-SP e, cultivaram-se de um melhor conhecimento sobre as dependências da empresa. 

A Visita Técnica ocorreu com a finalidade de agregar conhecimento prático sobre o cenário produtivo e logístico da companhia. 

A atividade foi desenvolvida no dia 09/12/2011, onde os alunos percorreram pelas áreas de produção de cerveja e refrigerantes, cozinha, adega, estação de tratamento de dejetos industriais, xaroparia, e um tour geral pelas instalações externas da empresa, todas as linhas de produção foram visitadas por passarelas. 

 Os Monitores de Visitas conduziram nossa visita na Schincariol, inicialmente nos apresentou um vídeo institucional que nos proporcionou conhecer toda a história da companhia desde sua fundação até os dias atuais, seguindo de um delicioso e saboroso petisco de pão com mortadela acompanhado pelo refrigerante itubaina. 

Na sequencia fomos contemplados por uma brilhante explanação sobre o tratamento da água (principal matéria prima) para a produção de refrigerantes e cervejas. Continuando nosso passeio pela empresa conhecemos a cozinha e a adega, onde os alunos participaram com várias perguntas sobre o processo de fabricação, validade dos produtos, ingredientes que compõem a cerveja e o refrigerante, armazenagem e conservação e, o bagaço que é transformado em ração para gado, nesse momento os alunos observaram gigantescos cilos (refrigerantes e cervejas) e a grande diferença entre o chopp e a cerveja que, de acordo com a explicação do monitor, primeiro se forma o chopp para depois transformar-se em cerveja, onde essa tranformação ocorre no processo de pasteurização do chopp. Posteriormente os alunos puderam conhecer outro setor da empresa que cuida do processo de envase das garrafas de vidro e, esse departamento ganho força e rapidez produtiva por conta de uma inovação na aquisição de máquinas novas com uma potência três vezes maior que as antigas máquinas, além do setor de envase de garrafas de vidros os alunos conheceram também a seção onde se envasa as latas e garrafas pet que, atualmente possui um dos melhores controles de qualidade segundo a Revista Exame e nessa subdivisão puderam conhecer as máquinas Pasteurizadora, Engarrafadora, Rotuladora, Sopradora, Enjetora, Enchedora, Envolvedora, Embaladora e Paletizadora. Ainda pelo tour na empresa os alunos contaram com a explicação de como é feito o tratamento de água e sua devolução a natureza, conheceram também os armazéns e o modo de carregamento distribuição dos produtos da Schincariol por todo o país. 

Os alunos contaram ainda com uma fabulosa explicação de como saborear um delicioso chopp além de uma respeitosa e organizada degustação de chopp, refrigerantes, água e sucos da Schincariol, finalizando a visita com um espetacular brinde (sacola / kit com produtos Schincariol). 

 A atividade foi desenvolvida, incentivada e acompanhada pelo Professor dos Cursos de Tecnologia da UNIP Limeira-SP - Campus II, Willian Ferreira dos Santos.

domingo, 27 de novembro de 2011

Visita Técnica - 26/11/2011

Os Alunos dos Cursos Tecnólogo em Comércio Exterior e Tecnólogo em Logística da UNIP de Limeira-SP, Campus II, tiveram aula prática dia 26/11/2011 com o Professor Evaldo Barbieri e Willian Ferreira dos Santos e, puderam entender melhor o dia-a-dia de um porto bem como aprimorar os conhecimentos adquiridos em sala de aula nas dependências do Porto de Santos.

Evaldo Barbieri conduziu a visita, que começou com a apresentação do Museu do Café onde foi explicado sobre a existência do Museu por conta da Bolsa do Café, que de forma direta foi à mola propulsora da criação do Porto de Santos-SP, alguns alunos puderam também saborear um delicioso café e, conheceram a casa mais antiga da cidade de Santos-SP que fica ao lado do Museu.


Na sequência da aula prática os alunos puderam contar ainda com a visita a parte seca do Porto de Santos, que é o maior porto da América Latina, as obras do porto começaram em 1888 e sua inauguração se deu em 1892, O Porto de Santos é responsável por escoar boa parte das exportações brasileiras e cerca de 70% das exportações de café. Atualmente, o Porto encontra-se sob a administração da CODESP (Companhia Docas do estado de São Paulo), com vários terminais operados por concessionárias, os alunos visitaram em especial o Terminal 37 - Libras que permitiu que os alunos conhecessem toda a história do porto, desde sua criação até os dias atuais. A Libra Terminais Santos iniciou suas operações em 1995, vencendo a primeira licitação de um terminal de contêiner no Brasil, no T37. Em 1998 venceu a licitação do T35 e recentemente adquiriu o T33, tornando-se o operador de contêineres com o maior cais da América do Sul.

Um dos maiores e mais avançados terminais em tecnologia e equipamentos para movimentação e armazenagem de cargas da costa brasileira, a Libra Terminais está totalmente estruturada para operar com excelência num dos portos mais representativos do mundo.

Em evolução permanente, inaugurou um armazém para operações de carga soltas com capacidade de armazenagem de 4.870 pallets e área para segregação de cargas químicas. Além disso, possui os mais modernos equipamentos nos seus 7.600 m2 de área coberta.

O Porto de Santos possui o calado de 11 a 13 metros, mas a CODESP prevê obras para que o calado do porto aumente e chegue até 16 metros. Evaldo Barbieri esteve presente em todo o percurso planejado para a visita, respondendo perguntas e esclarecendo dúvidas dos alunos e, dessa forma puderam visualizar e conhecer melhor o que é o Porto de Santos e o que ele representa para o nosso país.

Ao fim da visita técnica, os alunos fizeram um excelente e descontraído passeio pela parte molhada, através da Escuna Tamburutaca do Comandante Alcides que contribuiu com a aula prática do dia, através de muitas informações e esclarecimentos dúvidas aos alunos, sobre o Porto de Santos. Houve ainda algumas brincadeiras, sorteios de prêmios e brindes e de forma muito descontraída uma confraternização de final de ano entre os alunos que estão se formando.

O objetivo da visita foi agregar conhecimento prático sobre o cenário logístico do nosso país. Durante a atividade, os alunos percorreram pelo Terminal 37 - Libras, Parte Seca e Molhada, Margem Direita e Esquerda, Passeio de Escuna com Informações Técnicas sobre o Porto e Museu do Café.

A atividade foi acompanhada pelo Professor Willian Ferreira dos Santos que acredita ser de suma importância atividades como essa para o crescimento e desenvolvimento técnico dos alunos.



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Perspectivas da Contabilidade Internacional


Contabilidade Internacional

O Professor Rodrigo Marcon em noite brilhante ministrou a palestra “Contabilidade Internacional” para os alunos da ETEc Trajano Camargo na Semana da Gestão para alunos dos Cursos: Técnico em Administração, Técnico do Comércio,Técnico em Logística e Técnico em Contabilidade e contribui positivamente com esclarecimentos aos alunos sobre a importância da Contabilidade Internacional para o Brasil.

A influência da contabilidade internacional em nosso país é enorme, pois o Brasil faz parte do BRIC, essa sigla significa oestudo realizado por Jim O’Neill e, esse acrônimo foi criado por decorrência de uma pesquisa em economia global do grupo financeiro GoldmanSachs e, a rubrica que dizer Brasil, Rússia, Índica e China, países que se destacam no cenário mundial pelorápido crescimento das suas economias e desenvolvimento.

Além de fazer parte do BRIC, empresas multinacionais cada vez mais têm grandes interesses em se instalar aqui no Brasil e, se não bastasseisso vivemos um momento onde empresas brasileiras cruzam fronteiras para se instalar em outras nações, tornando-sepotências estrangeiras, como é o caso da Petrobrás.

Outro ponto de grande destaque é o crescentenúmero de profissionais brasileiros que foram atuar em empresas multinacionaisfora do Brasil, isso demonstra o quanto temos mão de obra de excelente qualidade pradar e vender.

É crescente e muito considerável o crescimentoda agroindústria em nosso país e esse fator vem alavancando cada vez mais as exporta ções brasileiras; vamos sediar em breve a copa do mundo e as olimpíadas, fatos que vão agregar positivamente para o Brasil, pois vai fortalecer a economia local e o turismo também.

As ações da empresas brasileiras estão de vento em poupa, crescendo e se valorizando porconta de critérios estabelecidos para promover o desenvolvimento sustentável do país e, esse fato sóvem acontecendo por conta de ações do governo com relação ao PAC (Programa de Aceleração e Crescimento) lançado em 28 de janeiro de 2007.

Contudo todo o crescimento e desenvolvimento do Brasil só está acontecendo por algumas ações positivas ocorridas numpassado histórico, como por exemplo:


1. A Circular 179/72 do Banco Central do Brasil cria a padronização da estrutura das demonstrações contábeis;

2. Influência da escola norte-americana x lei 6.404/76;

3. Obrigatoriedade de auditoria independente para companhias abertas;

4. Em 1976 foi criada a CVM (Comissão deValores Mobiliários);

5. Crescimento econômico x inflação crescente marcaram essa década;

6. Nas décadas de 80 e 90: A CVM editou a Instrução 84 determinando a elaboração de demonstrações financeiras em moeda constante e o CFC editou a Resolução 750 estabelecendo os Princípios Fundamentais

de Contabilidade;

7. O Censo de 2003 do MEC revela que o curso de ciências contábeis é o 7º no ranking liderado pelo Curso de Administração (1º) e Direito (2º);

8. Em 2007 com a publicação da Lei 11.638/07 começa a convergência brasileira aos padrões internacionais;

9. Em 2009 com a Resolução CFC 1.156/09 as NBCs devem seguir os padrões internacionais contidos nos International Financial Reporting Standards (IFRS) publicados pelo International Accounting Standards Board (IASB);

10. A partir de 2010 ficam obrigadas todas as empresas, a elaborar seus demonstrativos financeiros conforme as novas normas. O conjunto completo de IFRS deve ser observado pelas sociedades de grande porte e as pequenas e medias empresas estão sujeitas ao previsto na Resolução CFC 1.255/2009.


Um grande desafio para as instituições de ensinoque ofertam ocurso de contábeis, é a adaptação de suas grades curriculares ás novas normas e ao fato de que cada vez mais a contabilidade antes dita internacional tem se tornadoa local. Isso afeta a forma de ensino não só numa matéria específica, mas ao longo de todo o curso.


A contabilidade internacional surge para construir um ponto comum entre osrelatórios financeiros elaborados por contextosde outros países e definir métodos de adaptação aos padrões internacionais a partir da contabilidade local. Tornou-se importante no Brasil a partir da criação da Bolsa de Valores e da vinda de capital estrangeiro ao mercado nacional.




Willian Ferreira dos Santos

willian.limeira@gmail.com

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Essência sobre a forma deve nortear a elaboração das demonstrações contábeis



Notícias do CRC SP


“Recepção dos conceitos de representação verdadeira e apropriada (true and fair view) e da primazia da essência sobre a forma no ordenamento contábil brasileiro” são os tópicos abordados no Parecer de Orientação nº 37, de 22 de setembro de 2011, elaborado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

De acordo com o texto, a internacionalização das Normas Brasileiras de Contabilidade visa tornar as demonstrações contábeis mais úteis aos investidores e demais usuários externos. Para isso, é importante que a realidade econômica subjacente seja refletida, por meio da “primazia da essência econômica sobre a forma jurídica dos eventos econômicos”.

Para a CVM, a representação fidedigna dos efeitos econômicos das transações é uma característica fundamental das demonstrações contábeis, independentemente do tratamento jurídico. O princípio da essência sobre a forma deve ser considerado em todo o processo de reconhecimento, mensuração e divulgação das informações contábeis.

Embora raros, pode haver casos em que a aplicação integral ou parcial de uma norma contábil entre em conflito com esse princípio. Mesmo em tais situações, a prevalência é da fiel representação da realidade econômica, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis.

No contexto do mercado de capitais, o Parece de Orientação nº 37 destaca a classificação de instrumentos financeiros como passivos ou instrumentos de capital na representação da realidade econômica das companhias abertas. O objetivo é evitar a Contabilidade inadequada, que pode ocasionar consequências indesejáveis a investidores, credores e outros interessados no desempenho das companhias.

A primazia da essência sobre a forma deve ser levada em consideração na elaboração e na Auditoria das demonstrações contábeis.

Fonte: http://www.crcsp.org.br/portal_novo/noticias/noticias/not2011_09_020.htm

sábado, 3 de setembro de 2011

O que é EBITDA


Na última semana, uma aluna me questionou nos corredores da universidade sobre um ponto muito importante na contabilidade gerencial me perguntando o que é Ebitda.
Ótimo! Eu disse, vamos à explicação:
Ebitda é uma sigla em inglês (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization) que traduzindo significa "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização" também conhecido aqui no Brasil como o termo Lajida.

O cálculo do Ebitda em Um primeiro passo é calcular o lucro operacional, que, de acordo com o critério utilizado no Brasil, é obtido como a subtração, a partir da receita líquida, do custo das mercadorias vendidas (CMV), das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas (despesas menos receitas com juros e outros itens financeiros). Vale lembrar que a definição de lucro operacional em boa parte do mundo exclui o resultado financeiro.

Já para calcular o EBITDA, é preciso somar do lucro operacional a depreciação e amortização inclusas no CMV e nas despesas operacionais. Isso porque essas contas não representam saída de caixa efetiva no período. Em resumo, a depreciação de um equipamento quantifica a perda de sua capacidade produtiva graças ao uso ou tempo, e, portanto, a perda de seu valor para a empresa. Essa perda, vale ressaltar, é apenas econômica e não financeira, ou seja, não há um desembolso efetivo do recursos no período.

Outra conta que deve ser acrescentada no EBITDA é a despesa financeira líquida, que foge do escopo de análise do indicador, ou seja, de efetivo desempenho operacional. Assim, para o cálculo do EBITDA, adicionam-se os juros, depreciação e amortização ao Lucro Operacional Líquido antes dos impostos.

Vale lembrar que muitas empresas já publicam diretamente o indicador, que não é de divulgação obrigatória de acordo com as regras da CVM. Isso tende a facilitar a análise, embora muitos analistas critiquem as diferentes metodologias adotadas, principalmente em relação a itens extraordinários.
O Ebitida em sua real aplicação é um indicador pode ser utilizado na análise da origem dos resultados das empresas e, por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, pode medir com mais precisão a produtividade e a eficiência do negócio.

O termo é muito utilizado por analistas financeiros na análise de balanços, na contabilidade gerencial (controladoria) e contabilidade de empresas de capital aberto.

Willian Ferreira dos Santos
willian.limeira@gmail.com

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eficiência logística e seus impactos financeiros


"Em um mercado globalizado e altamente competitivo as empresas são desafiadas a operar com baixos preços e a atender aos níveis de serviço e qualidade, exigidos pelos clientes, a fim de garantir a sua sobrevivência.A logística integrada apresenta as maiores oportunidades de lucratividade empresarial."


1. INTRODUÇÃO

Segundo Christopher (1997, p.2), a logística é o processo de gerenciar estrategicamente aquisição, movimentação e armazenagem de materiais e produtos acabados bem como os relativos fluxos de modo a maximizar as lucratividades presente e futura através da redução dos custos.

Portanto, a logística propicia a redução de custos, agrega valor, melhora os níveis de serviço e consequentemente maximiza a lucratividade. Não restam dúvidas de que o gerenciamento logístico de forma eficiente proporciona impactos financeiros positivos.

O tema deste estudo trata da estreita relação existente entre a logística e a administração financeira, bem como dos efeitos positivos que uma logística eficiente pode ter sobre os resultados financeiros de uma organização. Em contrapartida uma logística ineficiente gera prejuízos financeiros expressivos, comprometendo a própria sobrevivência da empresa.

Mesmo a logística tendo um papel tão importante no sucesso das organizações, continua sendo deixada em segundo plano; os processos logísticos não são tratados pelos administradores com o devido enfoque estratégico.

A partir deste enfoque os objetivos gerais deste estudo são: descrever a estreita relação entre a logística e a administração financeira, analisando como uma logística eficiente pode impactar positivamente sobre as finanças de uma organização, gerando valor ao cliente e conseqüentemente maximizando lucros e reduzindo custos.

Os objetivos específicos deste estudo são elencados como:

Abordar como o gerenciamento logístico é colocado em segundo plano pelas empresas que por sua vez apresentam um elevado grau de ineficiência logística com graves impactos negativos sobre as finanças;Descrever a importância estratégica da logística para o ganho de vantagem competitiva e o conseqüente aumento da lucratividade;Abordar a necessidade da mensuração dos resultados obtidos e o papel da contabilidade gerencial como ferramenta gerencial no âmbito logístico.

A metodologia empregada neste estudo foi a pesquisa qualitativa e quantitativa a partir do levantamento de dados e conceitos disponíveis em literatura voltada para a área de logística e administração financeira, bem como artigos, periódicos, revistas e análise de dados estatísticos disponíveis.

A relevância deste estudo deve-se ao fato de que é indubitável que investimentos na infraestrutura logística criam um diferencial competitivo para as empresas, isto fica claro quando comparamos as economias desenvolvidas com as economias em desenvolvimento nas quais os custos logísticos chegam a 10% do PIB enquanto no Brasil tais custos podem chegar ao dobro deste montante. Um sistema de transportes mais eficientes resulta em maior competitividade, economia de escala e redução de custos.

Este artigo foi dividido em quatro tópicos sendo o primeiro a introdução, o segundo a revisão da literatura, terceiro a conclusão e por fim, a referência bibliográfica como quarto tópico.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Visando diferenciar suas ofertas de produtos e serviços em relação à concorrência as empresas investem mais e mais tempo e dinheiro em ações estratégicas.

A partir do momento que os gestores atentam para o fato de que a logística afeta significativamente os custos totais, conscientizam-se de que as decisões com relação a cadeia de suprimentos geram resultados que permitem níveis de serviços ao cliente diferenciados e por fim uma condição de maior vantagem competitiva, participação de mercado e aumento dos lucros.

A gestão logística eficiente gera não apenas reduções de custos, mas aumento das vendas.

A partir do aumento da eficiência operacional, a logística colabora para maximizar a lucratividade presente e futura da empresa, por isto o interesse pela logística vem crescendo cada vez mais.

A capacidade logística de contribuir para melhorar os resultados financeiros da empresa deve pesar na adoção de estratégias.

2.1. Logística como Maximizador do Lucro

Mais do que apenas reduzir custos, é necessário construir vantagens competitivas que proporcionem crescimento, vendas, a conquista de novos clientes e mercados através da agregação de valor ao cliente.

Os resultados futuros serão positivos se as empresas gerarem hoje satisfação para seus clientes, por isto um dos objetivos principais da logística é satisfazer aos clientes.

A empresa consegue assegurar sua vantagem competitiva a partir do momento em que ocorre a criação de valor nas atividades logísticas. O resultado econômico não corresponde apenas à criação de valor em si, mas também pelo aumento na capacidade da empresa produzir riquezas ou benefícios no longo prazo (futuro) estando diretamente relacionado à capacidade da empresa gerar valor.

2.2. A Importância dos Custos

Martel (2010) salienta que os custos logísticos no Brasil chegam a 12% do PIB, enquanto nos EUA correspondem a 9% do PIB, sendo a média mundial de 11% do PIB. Para as empresas brasileiras os custos logísticos variam de 4 a 30% das vendas variando em função do tipo de segmento de mercado.

Somente os custos do produto são maiores do que os custos logísticos. Desta forma os custos logísticos envolvem grandes dispêndios financeiros, muitas vezes são maiores até do que a própria margem de lucro do produto, consequentemente qualquer redução nestes custos representaria aumento nas margens de lucro.

Para um país com dimensões continentais e infraestrutura logística deficiente como o Brasil, o enfoque em custos logísticos é um ponto crítico. De forma que os administradores brasileiros precisam ter uma visibilidade mais apurada dos custos e realizar uma análise dos custos logísticos totais.

Apesar de os custos com frete corresponderem a 60% dos custos logísticos ou até 10% do PIB de uma nação relativamente desenvolvida, o gerenciamento das atividades de transporte ainda são colocados em segundo plano pelas empresas brasileiras. Estas apresentam um elevado grau de ineficiência no transporte, destacando-se as atividades de carregamento e descarregamento cujo tempo médio de espera ultrapassam seis horas e acabam por incrementar estes custos em até 64%.

O compartilhamento de informações e o planejamento das atividades logísticas são quase inexistentes. Enquanto nos EUA, por exemplo, a perspectiva em transportes é a busca pela eficiência e a qualidade através de uma parceria (comprometimento e interdependência), superando a lógica baseada em custos.

Para que haja uma maior eficiência logística é necessário que toda a cadeia de suprimentos e distribuição haja com integração, consolidando parcerias, otimizando e racionalizando processos internos que facilitem os fluxos de materiais e informações.

No contexto em que as relações comerciais foram drasticamente modificadas a partir da globalização é primordial o estabelecimento de parcerias ou alianças logísticas entre empresas e distribuidores, além das estratégias de gestão da cadeia de suprimentos existentes. Tal parceria é facilitada após limitar-se o número de parceiros transportadores, garantindo maior controle do serviço prestado, estabelecimento de margens mais baixas e um consequente volume maior de frete no longo prazo.

Para que o estabelecimento de uma parceria a confiança mútua é fundamental. Através desta parceria que caracteriza uma nova relação empresa-transportadoras é possível enxergar ganhos como: interface coordenada, eficiente e previsível aos clientes. Na perspectiva das transportadoras os ganhos seriam maior previsibilidade em relação à capacidade demandada (frota), horizonte de investimento e aprimoramento das suas práticas operacionais (diferenciação).

A definição dos custos logísticos de uma empresa é uma tarefa desafiadora, pois os sistemas de contabilidade financeira e os métodos usuais de cálculo dos custos não permitem identificá-los facilmente.

A contabilidade tradicional associa grupos de recursos (caixa, contas a receber, salários, aluguel e etc.). As alocações de custos são feitas proporcionalmente ao fator de distribuição como, por exemplo, mão de obra direta, sem que haja relação com os custos reais.

Desta forma os custos logísticos exigem um enfoque que inclui os custos que não constam precisamente no balanço contábil. É necessária uma análise com relação aos diferentes itens contábeis que podem ser obtidos por meio da informação contábil da empresa. Para isto os dados contábeis devem ser reorganizados para que se possa ter uma estimativa adequada desses custos.

2.3. Monitoramento e Mensuração do Desempenho

Além da determinação dos custos logísticos as empresas precisam atentar para o monitoramento de seus desempenhos, através de um sistema de mensuração que considere responsabilidade e competência em todos os níveis hierárquicos.

Devem ser incorporados a este sistema de mensuração os custos totais da empresa, os custos por atividade, fatores críticos do sucesso como (caixa, custos, lucros, tempo de ciclo, inovação, qualidade, satisfação dos clientes, participação no mercado, nível de investimento e lucro operacional sobre o ativo total).

Por fim devem ser considerados indicadores financeiros e não financeiros de desempenho como custos de atividade, dias de estoques, entregas pontuais, taxas de preenchimento de pedido, etc. Indicadores ligados ao planejamento estratégico da organização devem ser analisados sistematicamente.

2.4. Logística e Estratégia

O desempenho está vinculado à estratégia e a logística passa a ser vista como uma contribuição para o resultado e não apenas um centro de custos; cumprindo seu papel estratégico de propiciar ganhos de competitividade e resultado econômico.

A adoção de indicadores econômico-financeiros mais abrangentes (custos, serviços a clientes e qualidade do produto, etc.) obriga a administração a melhorar suas estratégias, trabalhando em conjunto com a logística de forma voltada para o cliente.

Acima de tudo a empresa deve ter uma visão holística sendo capaz de avaliar o desempenho da cadeia de suprimentos como um todo e os aspectos inerentes à necessidade de gerar vantagem competitiva através da diferenciação. Consequentemente, são necessárias medidas de caráter holístico também na integração do desempenho financeiro e não financeiro da organização.

Os custos logísticos totais devem ser o balizador na tomada de decisões e não apenas os custos das atividades logísticas individualmente (transporte, armazenagem, produção, serviços ao cliente, processamento de pedidos, etc). Um enfoque sistêmico ajuda na mensuração dos custos da cadeia de suprimentos e a escolha do melhor nível de despesas ou investimentos maximiza a lucratividade.

A logística é responsável pelos fluxos de materiais, de informações e financeiro. Em cada um destes fluxos deve ser capaz de identificar os custos logísticos totais resultantes de atender ao nível de serviço ao cliente.

2.5. Eficiência Logística

Para que o sistema logístico de uma empresa seja classificado como eficiente, as atividades logísticas devem criar valor e melhorar seu desempenho minimizando o uso dos recursos (custos).

Além disto, os administradores precisam basear-se nos pressupostos de que a logística impacta nos resultados financeiros, pois, o resultado financeiro é fruto de ações tomadas nos processos empresariais.

Martel (2010) lista três variáveis como fundamentais para a definição de eficiência logística: a natureza dos produtos vendidos, a amplitude dos custos e tempos de resposta associados às atividades primárias e a economia obtida com o transporte considerando-se a extensão do território a ser coberto.

A natureza dos produtos vendidos (valor/peso) influencia diretamente sobre os custos de transporte e armazenagem, por exemplo. Da mesma forma que a variabilidade da demanda destes produtos influencia no nível de serviço prestado e nos níveis de estoque requeridos. A amplitude da variedade de produtos oferecidos bem como a inter-relação entre os componentes destes produtos são fatores importantes, pois, resultam em um tempo de resposta maior além da necessidade de implantar processos de fabricação, montagem e suprimento diversificados. A diminuição na variedade dos componentes reduz significativamente os impactos negativos da demanda incerta para os produtos.

A amplitude dos custos e dos tempos de resposta associados às atividades primárias: o custo unitário imobilizado em estoques aumenta em cada etapa do processo logístico em virtude de ser proporcional ao valor dos itens estocados.

A economia obtida com o transporte considerando-se extensão do território a ser coberto implica no tipo de modal de transporte, tendo em vista que cada tipo de transporte tem suas características de custos, tempo de resposta e confiabilidade.

Novaes (2007) ressalta que a eficiência é medida comparando-se as produtividades da empresa individualmente com a máxima produtividade observada.

2.6. Logística como Agregador de Valor

Gerar valor para o cliente tornou-se uma poderosa forma de garantir vantagem competitiva. Uma forma de fidelizar ou manter o cliente, algo fundamental para a rentabilidade da empresa em longo prazo.

Para criar valor ao cliente é fundamental: conhecer a percepção do cliente quanto ao que é valor e como proporcioná-lo e satisfazer a necessidade do cliente no momento em que este precisa.

Segundo Christopher (1997) o valor é gerado quando "as percepções dos benefícios em uma transação superam os custos totais de propriedade", ou seja, as percepções dos benefícios que são intangíveis estão relacionadas a um valor tangível que é o monetário. O custo total de propriedade está relacionado ao custo físico (tempo e energia dispendidos) e monetário.

Padoveze (1999) conceitua a criação de valor como a geração ou aumento do valor econômico de um recurso ou ativo.

Em termos logísticos, gerar valor envolve conhecer de forma detalhada as atividades do cliente, sua estrutura de custos, necessidades e dinâmica de mercado. "Desta forma, à medida que o benefício começa a revelar-se para o cliente, aparece, também o retorno para o fornecedor." (Faria, 2007) (grifo nosso).

A atividade empresarial agrega aos produtos e serviços valores como forma, tempo, lugar e posse. Destes quatro valores, dois são criados pela logística, são estes os valores de tempo e lugar. A logística faz isto principalmente através do transporte, do fluxo de informações e do estoque.

A produção cria os valores de forma através da transformação das matérias-primas em produto acabado. O marketing cria os valores de posse ao induzir a aquisição dos produtos. Considerando-se que o gerenciamento da cadeia de suprimentos implica em produção, a logística consequentemente é responsável por mais um valor que é o de forma.

Segundo Ballou (2006) um produto perde seu valor quando não está ao alcance do cliente no momento e lugar por este requerido. Por conseguinte, ao disponibilizar um produto no tempo certo, cria-se ao cliente um valor único. Este valor é similar ao gerado pela produção de produtos ou serviços de qualidade ou baixo preço.

Considerando-se que os clientes querem respostas cada vez mais rápidas e padronizadas, os valores gerados pela logística devem ser tratados com o necessário enfoque pelas empresas em busca de vantagens competitivas que tornem duradouras suas relações comerciais.

As empresas tem aplicado o conceito de respostas rápidas às suas operações a fim de atenderem os níveis de serviço requeridos pelos clientes e os seus próprios planos de marketing. Por consequência criam vantagens de comercialização que trazem importantes incrementos aos lucros. Incrementos estes suficientes para cobrir até mesmo os custos adicionais em função desta maior responsividade.

Ressaltando-se que a criação de valor nas atividades logísticas somente ocorre quando cria valor em longo prazo assegurando sua continuidade.

Resultado econômico caracteriza-se também pelo acréscimo na capacidade em gerar valor partindo do princípio que o verdadeiro conceito de riqueza relaciona-se com a capacidade de produzir riqueza, ou seja, benefícios futuros.

Na contabilidade gerencial bem como na administração financeira é muito claro o conceito de que o objetivo de uma organização é criar valor para seus acionistas, o que está ligado ao processo de gerar ou maximizar o lucro.

Agregar valor ao acionista é uma consequência da criação de valor para o cliente e significa obter retorno sobre os investimentos e sobre o Patrimônio Líquido ou incremento no EVA (Valor Econômico Agregado) da empresa.

Segundo Faria (2007) a logística melhora o retorno sobre os investimentos realizados ou o retorno sobre o Patrimônio Líquido através:

Do aumento das vendas devido ao melhor nível de serviço; Redução dos ativos logísticos como inventários ou imobilizados através de terceirização/ alianças de operações logísticas;Redução dos custos operacionais logísticos como transporte, armazenagem, embalagem, etc. por replanejamento dos processos logísticos; Melhoria nas margens de lucro devido ao aumento do preço de venda em contrapartida a um melhor nível de serviço, ou por melhorar o mix de produtos.

Portanto, a logística tem um impacto direto sobre o EVA que é um indicador financeiro do resultado da gestão em curto prazo e também mensura desempenho, pois este aumenta à medida que os resultados operacionais aumentam.

2.7. Contabilidade Gerencial e a Agregação de Valor

As organizações atualmente focam sua missão no conceito de criação de valor, para cumpri-la apoiam-se no sistema de informações gerenciais criado pela contabilidade.

Segundo Padoveze (1999) a atual contabilidade gerencial tem suas atividades focadas na criação de valor através do uso efetivo dos recursos (redução de perdas e desperdícios) e adoção de tecnologias como o exame de direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista e inovação organizacional.

O papel da contabilidade na criação de valor tem como pontos referenciais o valor agregado aos produtos no processo produtivo e o custo de oportunidade de capital, que possibilita a mensuração do valor econômico adicionado.

Segundo Atkinson (2008) "sistemas contábeis gerenciais efetivos podem criar valor consideravelmente pelo fornecimento de informações acuradas e oportunas sobre as atividades necessárias para o sucesso das organizações de hoje".

A informação por si só tem o papel fundamental de diminuir o grau de incerteza na tomada de decisão, o que a torna cada vez mais valiosa para o administrador.

A contabilidade gerencial auxilia à gestão a partir dos subsídios que fornece para a tomada de decisão. Decisões são tomadas em um contexto onde os dados deverão ser muito bem apurados de forma a não gerar ambiguidade ou dar margem à subjetividade do decisor, afinal o objetivo é reduzir a incerteza.

Em meio à alta competitividade as informações gerenciais são fundamentais para o desempenho eficiente das organizações tendo em vista que se originam de dados contábeis baseados em registros fiscais reais.

Se utilizada corretamente a informação contábil incrementará a competitividade da organização à medida que facilita o planejamento e controle das ações internas, principalmente as atividades logísticas.

O planejamento é a atividade que mais despende informação contábil, pois cria perspectivas futuras baseando-se no histórico de informações relativas ao processo produtivo e seus resultados. Avalia alternativas e provê expectativas condizentes com os objetivos primários da empresa.

O sistema de informações gerenciais deve ser eficaz e destacar informações úteis e oportunas, dando condições de gestão dos recursos com adição de valor.

Basear-se em informações contábeis, qualitativas, facilita a formação de uma perspectiva quanto aos efeitos das decisões tomadas em médio e longo prazo, além de auxiliar o aperfeiçoamento de processos e desempenho da organização.

Este é o papel da informação contábil gerencial: ser uma ferramenta importante para os gestores logísticos.

2.8. Logística como Vantagem Competitiva

Segundo Ballou (2006) "a fonte de vantagem competitiva é encontrada, primeiramente, na capacidade de a empresa diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente, e em segundo lugar, pela capacidade de operar em baixo custo e, portanto, com lucro maior.".

A vantagem competitiva provém da capacidade da organização de destacar-se no ponto de vista do cliente, por oferecer produtos e serviços diferenciados seja pelo fator preço, qualidade ou atendimento. Alcançar vantagens competitivas implica em conhecimento detalhado acerca das atividades da empesa, considerando individualmente as variáveis envolvidas a fim de atingir os objetivos.

Após uma avaliação do ambiente interno e externo, deve ser feita uma sistemática análise com o intuito de optar por uma estratégia que possa ser sustentada pela empresa e constitua-se em vantagem competitiva.

As estratégias podem ser direcionadas para a liderança de custo (menor custo do segmento), diferenciação (agregação de um valor superior para o cliente) ou foco (atuar como especialista em um segmento de mercado).

A liderança em custos aliada à diferenciação através da garantia de qualidade e serviços agregados aos produtos, representam para a moderna concepção de Gerenciamento de Cadeia de Suprimentos o padrão mínimo para atuar competitivamente no mercado globalizado.

Empresas que não se adequaram aos padrões de custos do seu segmento ou não implantaram controles de qualidade adequados "dificilmente conseguirão atuar de forma integrada e com sucesso na cadeia de suprimento otimizada." (Novaes, 2007)

3. CONCLUSÃO

O resultado da aplicação da logística de forma eficiente reflete diretamente na diminuição das necessidades de capital de giro, além da evidente importância da logística empresarial para a obtenção de um bom resultado na gestão do negócio e da sobrevivência da empresa.

Este estudo aponta o quão estreita é a relação entre os resultados financeiros e a eficiência logística, cujos pontos em comum são elencados abaixo:

Preocupação com a utilização adequada dos recursos materiais e financeiros;Prima pela alocação racional dos recursos para otimizar o seu retorno;Busca a redução dos custos e eliminação dos custos desnecessários;Tomada de decisões com foco na geração de valor para os acionistas;Seus profissionais tomam decisões relativas aos investimentos e avaliam seu retorno.

Além disto, a administração financeira tem por missão criar valor para seus acionistas, o que está ligado ao processo de gerar ou maximizar o lucro.

Segundo Neto (2002), a utilização racional dos recursos por si só leva a redução dos custos, maior nível de serviço, agrega valor, podendo representar em aumento dos lucros da empresa. Tais objetivos podem ser atingidos através de um sistema logístico eficiente, o que evidencia a relação entre a eficiência logística e os resultados financeiros. Sendo que a excelência logística favorece a excelência financeira.

Visando manter a lucratividade em alta as empresas investem na aquisição de novas competências dentre estas destaca-se a logística, que possui a capacidade de agregar as diferentes atividades empresariais, envolvendo toda a cadeia de suprimentos e distribuição com seus diferentes interesses.

O sistema logístico brasileiro deve priorizar o ganho de eficiência através da integração, consolidando parcerias, otimizando e racionalizando processos internos que facilitem os fluxos de materiais e informações em toda a cadeia de suprimentos e distribuição.

A eficiência logística será alcançada por empresas aptas a criar valor para seus clientes e acionistas, através da redução de custos e maximização do lucro. Para isto é fundamental identificar o que o cliente entende por valor e satisfazer a necessidade deste.

A contabilidade gerencial tem um papel importante na criação de valor e tem como pontos referenciais o valor agregado aos produtos no processo produtivo e o custo de oportunidade de capital, que possibilita a mensuração do valor econômico adicionado.

Os administradores precisam adotar a contabilidade gerencial como ferramenta importante para a gestão eficiente e incremento à competitividade da organização à medida que facilita o planejamento e controle das ações internas, principalmente as atividades logísticas.

Acima de tudo, um sistema logístico eficiente utiliza menos recursos, tem menor grau de endividamento, aumenta seus índices de liquidez, cria valor para o cliente mantendo sua vantagem competitiva e maximiza a lucratividade, portanto a eficiência logística é fundamental para o sucesso financeiro de uma organização, sobre o qual tem impacto direto.

4. BIBLIOGRAFIA

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PADOVEZE, Clóvis Luis – Contabilidade Gerencial – Um enfoque em sistema de informação contábil – 5ª edição – São Paulo – Atlas, 2008.

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Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/eficiencia-logistica-e-seus-impactos-financeiros/57765/